Na sequência do artigo anterior, terminamos o destaque ao produtos de aforro recentemente lançado pela CGD que (finalmente!) se colocam numa posição competitiva no mercado, abordando o Caixa Prémio.
Antes de mais um nota de aviso, a informação disponível no sítio da CGD é enganadora face ao prospecto que o próprio banco está a disponibilizar ao balcão. Ao contrário do que se diz na internet, a taxa de juro desta aplicação não é a Euribor a 1 mês, mas antes 80% da mesma durante os primeiros 4 anos e 85% no 5º. Em todo o caso os detalhes seguem na próximas linhas, fica apenas esta reparo de lamento face a esta prática da CGD. Não é de todo aceitável conviverem descrições distintas para o mesmo produto dependendo do meio de comunicação usado. Mais uma prova de que o Banco de Portugal tem muito a fazer nesta área. A situação parece demorar a melhorar. Mas vamos ao produto.
Este produto praticamente confunde-se com um depósito a prazo mensal renovável automaticamente e remunerado pela Euribor a um mês (80% desta até ao 4º ano e 85% no 5º). Na realidade trata-se de uma aplicação a 5 anos, que paga juros mensalmente e que pode ser mobilizado sem qualquer penalização se o levantamento se efectuar no dia de aniversário mensal do depósito.
A mais importante e interessante distinção face a um depósito tradicional é o prémio de permanência pago a quem mantenha o depósito por períodos consecutivos de 12 meses ao remunerar o 12º mês ao dobro da Euribor que serve de referência. Números grosseiros, se subscrevesse o depósito hoje e por lá permanecesse 12 meses receberia um retorno bruto a rondar os 3,9%. Uma aplicação razoável mas que não é de todo imbatível.
Mais uma vez sublinho que a informação disponibilizada na net está longe de cumprir com a informação mínima que uma ficha técnica sobre este tipo de produtos deve cumprir. Em matéria de clareza e transparência o banco do Estado tem ainda um longo caminho a percorrer antes de poder servir de exemplo no sector.
Em suma, se é cliente da CGD, antes de subscrever um produto aconselhe-se sempre junto do banco de viva voz, seja por telefone, seja presencialmente. A informação on-line não é de confiança.
Infelizmente, continuam(os mais incautos)a tropeçar na falta de clareza da informação bancária sobre produtos financeiros. A pressão da concorrência é muita e a margem de manobra e a imaginação conjugam-se para generalizar esta situação, que obriga a uma redobrada atenção no momento da decisão por parte dos particulares.Falando de aplicações a prazo, quero apenas salientar a boa taxa do BPN médio prazo, dois e três aons, 5% e 5,1% respectivamente. As obrigações de caixa do Milleniumm, com maturidade de cinco anos, indexadas à euribor a três meses, acrescida de um prémio anual de permnência, também se afigura uma boa alternativa.
Muito obrigado
Obrigado pelas dicas Ismael. Hei-de espreitar.
Cuidado com os Bancos que dão taxas muito elevadas – acima da Euribor para o respectivo prazo.
considero que nos tempos que correm é sinal claro de problemas de liquidez…. E a crise do subprime também afectou Portugal.
neste momento 2008.05 – cajaduero.pt 6,50 brutos 5,07 limpos a 3 meses. melhor? depois mais tres meses no big online a 6 brutos e 4,8 limpos depois voltar ao mesmo cajaduero e bigonline. num ano ficamos com uma rentabilidade de luxo., apenas é preciso nao ficar a dormir.
quanto a dprazo estruturados é fugir deles. tanto pode dar muito como comer dinheiro….