"O enquadramento internacional da economia portuguesa continuou a ser marcado por sinais de abrandamento da actividade económica. No plano interno, o indicador de clima económico estabilizou em Agosto e Setembro, mantendo-se próximo do máximo dos cinco anos anteriores atingido em Junho.
O indicador de actividade económica, disponível até Agosto, prolongou a tendência ascendente observada desde o início do ano. O indicador quantitativo do consumo acelerou em Agosto, movimento que terá resultado de um crescimento mais elevado do consumo de ambos os tipos de bens, duradouros e correntes, à semelhança do sucedido no mês anterior.
De modo diverso, o indicador de FBCF interrompeu em Agosto a forte aceleração registada nos dois meses anteriores. Esta evolução está associada à evolução do investimento em material de transporte que, após um forte aumento em Junho e Julho, regressou a um ritmo de crescimento mais moderado.
Em Agosto, a informação dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) apontava para uma evolução da actividade económica mais positiva no sector dos serviços e menos negativa na construção, enquanto que na indústria se estaria a verificar um abrandamento.
Em termos nominais, em Agosto, verificou-se uma pequena aceleração das importações (de 0,2 pontos percentuais) e uma desaceleração das exportações (de 0,6 p.p.), sendo de notar que as exportações continuaram a apresentar um crescimento nominal mais forte (6,1%) do que as importações (4,3%). A informação disponível sobre o emprego, proveniente dos ICP e do IEFP, sugeria alguma recuperação em Agosto.
Em Setembro, a inflação manteve o valor do mês anterior (2,1%), o mais baixo desde Junho de 2005."
In INE.