No dia em que o Jornal de Negócios apregoa um sucesso na sua edição online durante o mês de Março (os meus parabéns – não é por acaso que aqui é abundantemente citado) recomendo a leitura do editorial de hoje: "O Juramento de Hipócrates" de Pedro S. Guerreiro.
Um excerto:
"(…) José Sócrates apresentou-se como arguido e não convenceu o júri. Se o processo decorresse num tribunal, o caso estava morto: as suspeitas, as insinuações, os fumos sem fogo não são matéria de facto que chegue sequer para deduzir uma acusação. É esta a vantagem da imprensa: não se aquieta. Mas é este o risco de fazer justiça num programa televisivo: é um espectáculo, não é um julgamento; não é a verdade que conta, mas a sua percepção; e o processo só termina não quando o caso está resolvido mas quando se extingue a audiência. A audiência das televisões, das revistas, dos jornais, dos blogues. A audiência informada e a audiência canalha. (…)"