O BPI (e o Credit Agricole) vão “bancar” o pagamento da segunda tranche da dívida do Estado Moçambicano junto do Estado Português por conta da transferência do controlo do empreendimento de Cahora Bassa para os primeiros.
Ironias do destino… Em bom rigor o sector bancário português provavelmente endividar-se-á para pagar a dívida moçambicana ficando depois credor do capital e do respectivo serviço da dívida.
Nas contas do Estado Português provavelmente teremos possibilidade de contribuir para a redução da dívida pública (em cerca de 500 milhões de euros se afecto a esse fim na totalidade) o que terá efeitos marginais no apuramento de défices futuros do Estado.
Nota: este tema já foi abordado no Economia & Finanças em 27 de Outubro de 2006 no artigo: “Cahora Bassa nas Contas Nacionais“