Belmiro alguma vez esteve interessado em comprar a PT? Falamos de Belmiro Azevedo, naturalmente. Abre-se aqui espaço para a opinião dos leitores em forma de entrada criando-se uma nova categoria. Nesta estreia Pedro Gomes (que faz do acompanhamento dos mercados e das empresas nacionais boa parte do seu ofício) sintetiza a percepção do mercado relativamente à OPA da Sonaecom à PT. Bem vistas as coisas, a pergunta que em tempos já andou pela imprensa (a do título) regressa à ordem do dia.
A Sonaecom solicitou ontem à CMVM que confirme que a Sonaecom está obrigada a lançar a oferta com a contrapartida de apenas EUR9.41 por acção e não a contrapartida de EUR9.50 prevista no anúncio preliminar. Esta solicitação tem em conta que a decisão do lançamento da OPA pela Sonaecom sobre a PT se baseou no pressuposto de que não seriam aprovadas deliberações no sentido de distribuir bens ou reservas em excesso da distribuição de EUR38.5ct por acção, a título de dividendos relativos ao exercício de 2005, e na sequência da aprovação pela Assembleia Geral da PT de um dividendo de EUR47.5 por acção. Caso a CMVM assim não entenda, a Sonaecom solicita que a CMVM autorize a Sonaecom, caso assim venha a ser deliberado pelo seu Conselho de Administração, a lançar a oferta oferecendo uma contrapartida de EUR9.41 por acção e não EUR9.50.
Na opinião do mercado, este pedido é uma forma adicional de a Sonaecom colocar pressão sobre o preço de PT. Parece que, caso se venha a verificar esta redução do preço proposto, que as probabilidades de sucesso da oferta serão mais reduzidas. Com efeito, ficaria surpreendido caso a Sonaecom obtivesse sucesso na OPA a EUR9.50 e mais ainda a EUR9.41. Finalmente, parece-me ser importante referir que esta opção de consolidação do mercado das telecomunicações criada pela Autoridade da Concorrência permite que a Sonaecom a PT se apropriem, com um valor de EUR1.5bn e que seja pouco provável que esta opção não venha a ser exercida pelos players em causa.
Pedro Gomes
Proposta de hoje:
Ponto de situação quanto à Actividade Económica
A actividade económica mundial continuou a expandir-se a um ritmo robusto no primeiro semestre de 2006, registando-se uma progressiva recuperação dos países que estão numa fase mais inicial do ciclo económico, como a área do euro e o Japão, por contrapartida da estabilização do ritmo de crescimento do PIB nos EUA. Na
Boa! Vou divulgar em post mais logo.