Tendo por base os dados do publicados pelo Banco de Portugal, no seu boletim estatístico de Janeiro de 2007, e com referência a Novembro de 2006 – existe sempre um desfasamento temporal de 2 meses -, temos as seguintes conclusões, sobre os empréstimos concedidos a particulares.
- No ano de 2006, os portugueses aumentaram as suas dívidas à banca em 15,34 mil milhões de euros. Por mera comparação, este valor – o acréscimo – representa 10,41 % do PIB.
- Existem em contratos á habitação emprestados pelos bancos em Portugal e apenas a particulares, o montante de 92 mil milhões de euros.
- Se a comparação for feita, em relação a Dezembro de 2004, os portugueses contraíram dívidas à banca, num montante adicional líquido de 24,736 mil milhões de euros – representa um crescimento de 27,36 % das dívidas bancárias contraídas.
Empréstimos Concedidos á Habitação
Desde Junho de 2006, que os empréstimos à habitação não registavam uma subida face ao último mês tão elevada. Destacam-se os 12,7 mil milhões de euros emprestados desde finais de 2005, e um total de 92 mil milhões de euros afectos à compra de habitação (corresponde a 62,48 % do PIB).
Esta subida, esta relacionada quer com o final do denominado tempo de férias, onde as aquisições de habitação baixam, e com a estagnação do mercado imobiliário, que poderá ter ajustado o preço de venda das casas, permitindo assim, um maior número de aquisições.
Empréstimos Concedidos a Particulares para Consumo
Registou-se desde Junho a menor taxa de variação mensal dos empréstimos concedidos a particulares para consumo, atingindo mesmo taxas de crescimento negativas.
Tal situação, poderá incorrer de operações de securitização realizadas pelas sociedades de crédito ao consumo, limpando assim a carteira de crédito, associada ao facto de que a maior finalidade dos empréstimos de crédito ao consumo – automóvel – atravessar à medida que chega o final do ano, um processo de abrandamento decorrente da contabilização do número de anos do veiculo com efeitos na desvalorização do valor comercial, quer também pelo facto do crédito para férias, estar praticamente estagnado.
Encontram-se concedidos ao consumo, cerca de 11 mil milhões de euros.
Créditos de Cobrança Duvidosa (mal-parados sujeitos a provisões pelos bancos)
O crédito de cobrança duvidosa, encontra-se largamente influenciado pelas operações de securitização realizadas pelas sociedades financeiras de crédito ao consumo, e que permitiram reduzir em cerca de 63 milhões de euros, o crédito mal parado associado ao consumo.
Relativamente ao crédito á habitação, o crédito de cobrança duvidosa aumentou 0,43 % face ao último mês, mas mesmo continua abaixo do verificado em Novembro de 2005. Regista um montante total de 1,1 mil milhões de euros.
Na sua globalidade, o crédito de cobrança duvidosa atinge os 2,184 mil milhões de euros, o que representa face ao crédito concedido cerca de 1,90 %.
Com as dificuldades de acesso ao credito, começa a surgir uma nova opção para obtenção de dinheiro. Os emprestimos particulares. É uma area onde é necessaria cautela e há regras a cumprir. Mais informaçoes aqui: http://emprestimosparticulares.blogspot.pt/2012/05/emprestimos-particulares-regras.html