O INE informa sobre a Taxa de Juro Implícita no Crédito à Habitação:
” A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se, no mês de Setembro, em 4,358%, o que representa uma subida de 0,087 pontos percentuais (p.p.) face a Agosto. A taxa implícita nos contratos celebrados nos últimos 3 meses subiu 0,063 p.p., fixando-se em 4,064%. O valor médio por contrato do capital em dívida apresentou uma subida mensal de 244 euros e a prestação vencida situou-se em 298 euros. (…)”
Recomendo-vos muito vivamente – se têm interesse nestas matérias – que observem com atenção os gráficos que o INE publica no destaque. Reparem, por exemplo, no diferencial entre a taxa de juro implícita em vigor no conjunto dos contratos e as implícitas nos contratos realizados há 1 ano, 6 meses ou 3 meses. Historicamente, o diferencial tem sido significativo, provavelmente fruto de (entre outros):
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um número significativo de contratos de crédito antigos (anteriores ao período de taxas de juro historicamente baixas) que não têm sido renegociados pelos clientes e de
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uma maior popularidade em ano recentes de indexantes relativos a prazos mais curtos (Euribor a 3 e a 6 meses) que têm, num cenário de subida de taxas de juro, um valor inferior ao de indexantes mais populares há alguns anos.
Isto sabido merece a pena perguntar: quantas pessoas haverá que pagam ainda spreads de 1, 2 ou mais pontos percentuais?
O que é a taxa de juro implícita? Segundo o INE, “A taxa de juro implícita no crédito à habitação reflecte a relação entre os juros totais vencidos num determinado período e o correspondente capital em dívida no início do período.” De forma grosseira, os juros considerados são formados essencialmente pela taxa de juro de referência do contrato acrescida do spread e de mais alguma sobretaxa por incumprimentos
“quantas pessoas haverá que pagam ainda spreads de 1, 2 ou mais pontos percentuais?”
poderão procurar respostas para isso no portal do BdP, através de dois tipos de informação:
a taxa da carteira de crédito e
a taxa das operações novas.
Ambas as informações reflectem taxas finais, pelo que terão que deduzir os spreads, com base nas euribor da altura.
Já há uns meses que não consulto essa informação, e dou sempre mais importância às taxas de operações novas.
Certo, obrigado pela dica.
O consumidor continua acomodado, não esperem que seja o Banco a tomar iniciativa de reduzir spread’s ou renegociar condições formalizadas no acto da escritura, no entanto, cuidado com as Taxas cobradas por inerentes alterações contratuais. Por outro lado e ainda porque as pessoas menos informadas não estão tão despertas para este assunto, atenção às COMISSÕES, as Instituições Financeiras estão a complementar/melhorar a sua base de lucro à semelhança do que acontece na Banca Espanhola (Taxas reduzidas compensadas com Makro comissões), sendo algumas bastante originais, como por exemplo, Comissão de processamento por prestação, comissão de gestão, entre outras, para não falar dos encargos fiscais que recaem sobre as mesmas.
Revejam as vossas Escrituras de Hipoteca, e não desperdicem esta oportunidade para poupar uns € .
Eu tenho crédito a habitação na c.g.d. á 3 anos e tenho spread 0.5,mas tenho um crédito no valor de 195mil euros e nestes ultimos 2 anos os sucessivos aumentos da taxa de juro têm feito subir bastante a prestação.Eu pergunto se não será melhor negociar com o banco,fixar a taxa de juro por algum tempo.Agradecia que me fosse dada alguma informação sobre este assunto,obrigado