No âmbito da divulgação do Boletim Económico de Junho de 2024, foi possível conhecer a previsão do Banco de Portugal para a inflação em 2024, 2025 e 2026.
Em termos infraanuais, o Banco de Portugal espera que a inflação em Portugal possa desce mais a partir de setembro, não se antecipando esse movimento entre junho e talvez agosto.
De forma simples, o Banco de Portugal acredita que estamos já muito próximo do valor médio final para o ano completo de 2024, podendo a inflação descer ainda pelo menos uma décima face aos valores mais recentes, fixando-se nos 2,5% no final no ano.
Para 2025 a previsão é de que a inflação caia mais um pouco para os 2,1%.
O ano de 2026 espera-se que seja o ano em que se atingirá a meta de longo prazo para a inflação definida no mandato do Banco Central Europeu.
INE | Previsões do Banco de Portugal | |||
Em Maio 2024 | 2024 | 2025 | 2026 | |
Inflação Média Anual (%) | 2,6 | 2,5 | 2,1 | 2 |
No Boletim Económico antecipam-se ainda mais variáveis macroeconómicas.
Já tendo referido a previsão do Banco de Portugal (BdP) para a inflação em 2024, 2025 e 2026 destacamos, agora, em particular o PIB, a taxa de desemprego e o peso da dívida no PIB. Para o PIB o Banco de Portugal espera que Portugal continue a convergir com a União Europeia aproximando-se dos níveis de riqueza médios na Europa a 27. O PIB deverá crescer, em termos reais, 2,0% em 2024, acelerar para 2,3% em 2025 e atingir os 2,2% em 2026.
A taxa de desemprego deverá manter-se estável nos 6,5%/6,6% e o peso da dívida pública no PIB deverá cair de 99,1% para 92,5% em 2024, 87,2% em 2025 e 82,7% em 2026.
MAS este exercício não considera ainda as medidas de corte da receita (redução de impostos) e aumento da despesa já anunciados e/ou quantificados.
O saldo orçamentoal apresentado (excedente ao longos dos três anos de previsão) é uma previsão em políticas invariantes, ou seja, são os valores esperados se não houvesse novas políticas orçamentais.
O Banco de Portugal fez, contudo, um exercício de antecipação desses impactos considerando todas as medidas entretanto aprovadas pelo poder político.
Nas contas do BdP, considerando as medidas já aprovadas e quantificadas, deverá registar-se um défice e não um excedente já em 2025 da ordem dos €2 mil milhões o que levaria a um défice 0,7%. E, considerando uma estimativa ainda grosseira para as medidas já anunciadas mas não quantificadas pelo poder político (medidas para a habitação, saúde, negociações sindicais) que o BdP antecipa atinjam pelo menos os €1.1 mil milhões, o défice em 2025 poderá ser de €3.100 mil milhões.
A valor do PIB de 2023, estariamos perante um défice de 1,2% do PIB em 2025. Ou seja, passariamos de um excedente de 1,2% para um défice de 1,2%.
Estes valores podem naturalmente vir a ser muito diferentes pois dependem fundamentalmetne de um exercício orçamental completo que ainda não é inteiramente conhecido, nem sequer é antecipável. Fica contudo patente, que os números já conhecidos apontam para um exercício complexo de o objetivo final for manter um excednete, respeitando as medidas de políticas públicas já anunciadas.
Bom trabalho!
No entanto, tudo isto são “tretas” económicas…
A INFLACÇÃO está e estará aí para durar, e a cada décadas delapida FORTEMENTE as poupanças em MOEDA CORRENTE.
É a forma do sistema capitalista poder cobrar mais de 50% em impostos sem revoltar directamente os contribuintes… depois usam desculpas esfarrapadas como a GUERRA para justificar o sistema actual.
Na verdade, o sistema actual baseia-se na criação desenfreada e descontrolada de $ (sempre que alguém faz um empréstimo a um banco, é criado $, sempre que os bancos centrais necessitam de injectar $ na economia, é criado $ ao desbarato)
Fomentam as poupanças (que rendem “zero”) para depois as poderem delapidar.
Se todos quisessem gastar o que, contabilisticamente têm, a economia COLAPSAVA imediatamente.