Mais um trimestre, mais um período em que a economia portuguesa convergiu com a da União Europeia, reduzindo o fosso histórico. No 3º trimestre de 2024, o PIB português cresceu em termos reais, face a igual trimestre de 2023, a um ritmo de 1,9%. No conjunto da economia da União EUropeia para as quais já há dados para este período, o ritmo de crescimento foi de apenas 0,9% (idêntico ao da Zona Euro).
Na realidade, a economia portuguesa foi a que registou a 3º ritmo de crescimento mais elevado de entre as 13 economia que revelam uma estimativa rápida das contas nacionais trimestrais 30 dias após o final do trimestre de referência.
Apenas Espanha (+3,4%) e Lituânia (+2,3%) cresceram mais do que Portugal. Este crescimento económico ocorre num contexto de assimetrias significativas dentro a camunidade europeia. A Maior economia do bloco, a Alemanha, viu a sua produção diminuir 0,2% neste período. E não foi a única a registar uma contração, de facto, foram seis os países a registar contração económica, destacando-se, pela negativa: a Letónia (-1,4%) e a Hungria (-0,7%). Também registaram contrações ainda que marginais, a Irlanda (-0,2%), a Suécia (-0,1%) e a Austria (-0,1%).
Se o foco se centrasse nas variações em cadeia, ou seja, na comparação face ao trimestre imediatamente anterior, constatariamos que Portugal registou um crescimento de 0,2%, ligeiramente inferior aos 0,4% da Zona Euro, ou aos 0,3% da União Europeia.
Além desta comparação internacional divulgada pelo Eurostat com base nos dados dos INE nacionais vale a pena consultar a Estimativa Rápida do próprio INE sobre este tema das contas nacionais trimestras – 3º trimestre de 2024. Eis um excerto:
O Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 1,9% no 3º trimestre de 2024, taxa superior em 0,3 pontos percentuais à verificada no trimestre precedente. O contributo positivo da procura interna para a variação homóloga do PIB aumentou ligeiramente no 3º trimestre, verificando-se uma aceleração do consumo privado e uma diminuição do investimento. O contributo da procura externa líquida para a variação homóloga do PIB manteve-se negativo, registando-se uma aceleração das importações e das exportações de bens e serviços.
Comparando com o 2º trimestre de 2024, o PIB aumentou 0,2% em volume, taxa idêntica à verificada no trimestre anterior. O contributo da procura interna para a variação em cadeia do PIB permaneceu positivo no 3º trimestre, observando se um crescimento do investimento e do consumo privado, enquanto a procura externa líquida manteve um contributo negativo.