Os dados do INE divulgado no final de março de 2021 e relativos a esse mesmo mês anunciam que consumidores e clima económico revelam maior confiança; sendo especialmente significativo o aumento da confiança dos consumidores. O início do processo de desconfinamento não deverá ser alheio a esta mudança de perspetiva.
Consumidores e Clima Económico revelam maior confiança
Segundo o INE, em relação aos consumidores:
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou significativamente em março, contrariando a diminuição registada no mês anterior e situando-se no nível mais elevado desde abril de 2020.
Esta evolução resultou do contributo positivo de todas as componentes, sobretudo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país, bem como das expectativas relativas à evolução futura da realização de compras importantes e da situação financeira do agregado familiar e das opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar.
O saldo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país aumentou expressivamente em março, após ter diminuído no mês precedente.
O sre [saldo das respostas extremas] das perspetivas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar aumentou em fevereiro e março, depois de ter estabilizado em janeiro. “
Quanto aos vários setores empresariais para os quais os INE recolheu a posição dos seus administradores em relação a vários temas, destaca-se o andamento positivo na Indústria Transformadora, no Comércio e nos Serviços e a estabilização na Construção e Obras Públicas.
O efeito combinado destes comportamentos foi o de uma melhoria no indicador de clima económico calculado mensalmente pelo INE.
Eis alguns excertos do comunicado do INE:
“O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou em fevereiro e março, retomando o perfil de recuperação iniciado em junho, após ter permanecido num patamar relativamente estável desde agosto.
Em março, a evolução do indicador deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes, expectativas de produção, opiniões sobre a evolução da procura global e apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, mais intenso no primeiro caso. (…)
O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas estabilizou em março, depois de ter diminuído em fevereiro, verificando-se um contributo negativo das apreciações sobre a carteira de encomendas e um contributo positivo das perspetivas de emprego.
O indicador aumentou nas divisões de Promoção Imobiliária e Construção de Edifícios e Atividades Especializadas de Construção, tendo diminuído de forma expressiva na divisão de Engenharia Civil. (…)O indicador de confiança do comércio aumentou em março, após as diminuições registadas entre novembro e fevereiro. Esta evolução resultou do acentuado contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses, tendo as opiniões sobre o volume de vendas e as apreciações sobre o volume de stocks contribuído negativamente.
Em março, o indicador de confiança aumentou no Comércio por Grosso e no Comércio a Retalho. (…)O indicador de confiança dos Serviços aumentou significativamente em março, após ter diminuído no mês precedente.
O comportamento do indicador resultou do contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a evolução da carteira de encomendas e apreciações sobre a atividade da empresa, expressivamente no primeiro caso.
Em março, os indicadores de confiança aumentaram em seis das oito secções dos Serviços, destacando-se as secções de Atividades de transporte e armazenagem e de Alojamento, restauração e similares. (…)”