Confiança bate nível pré-pandemia em maio de 2021, segundo dados oficiais dos Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores apurados pelo Instituto Nacional de Estatística.
Apesar de também registar forte crescimento, o indicador de confiança dos empresários dos serviços é o único que em maio de 2021 não supera o patamar de fevereiro de 2020, o último mês anterior ao início da pandemia.
Consumidores, Indústria Transformadorada, Comércio e Construção estão assim num nível de confiança elevado, em máximos desde o início de 2020, pelo menos.
Fonte: INE
Consumidores
“O indicador de confiança dos consumidores aumentou significativamente entre março e maio, atingindo o
valor máximo desde o último inquérito não afetado pela pandemia realizado em fevereiro de 2020. A evolução em maio resultou sobretudo do contributo positivo das expectativas relativas à evolução futura da situação económica do país. As restantes componentes, expectativas relativas à evolução futura da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes e opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar também contribuíram positivamente, de forma ténue nos últimos dois casos.”
Sobre os consumidores, o INE detalha – num exercício que não tem sido recorrente – que foi entre os de maior rendimento que se registou uma subida mais acentuada dos níveis de confiança.
Indústria Transformadora
“O indicador de confiança da Indústria Transformadora aumentou significativamente em maio, atingindo o
máximo desde março de 2018. Em maio, a evolução do indicador deveu-se ao contributo positivo de todas as componentes, opiniões sobre a evolução da procura global, expectativas de produção e apreciações relativas aos stocks de produtos acabados, mais intenso no primeiro caso.
O indicador aumentou em todos os agrupamentos, Bens de Consumo, Bens Intermédios e Bens de Investimento. “
Construção e Obras Públicas
“O indicador de confiança da Construção e Obras Públicas aumentou em abril e maio, depois de ter estabilizado em março, atingindo o máximo desde janeiro de 2020. A recuperação do último mês refletiu o contributo positivo de ambas as componentes, apreciações sobre a carteira de encomendas e perspetivas de emprego, tendo esta última componente atingido um novo máximo desde janeiro de 2002.
O indicador de confiança aumentou nas três divisões, Promoção Imobiliária e Construção de Edifícios, Atividades Especializadas de Construção e Engenharia Civil, de forma mais expressiva nos dois primeiros casos.”
Comércio
“O indicador de confiança do comércio aumentou entre março e maio, após ter diminuído nos dois primeiros meses do ano, superando o nível observado em março de 2020. Esta evolução resultou do contributo positivo das perspetivas de atividade da empresa nos próximos três meses e, de forma mais intensa, das opiniões sobre o volume de vendas, tendo as apreciações sobre o volume de stocks contribuído negativamente.
O saldo das perspetivas de atividade da empresa aumentou em maio de forma menos intensa face ao
observado em março e abril, atingindo o valor máximo desde fevereiro de 2020.
Em maio, o indicador de confiança aumentou no Comércio por Grosso, atingindo o máximo desde janeiro de 2020, e também no Comércio a Retalho, aproximando-se do nível observado em março de 2020.”
Serviços
“O indicador de confiança dos Serviços aumentou significativamente nos últimos três meses, prolongando o
perfil ascendente iniciado em junho de 2020, mantendo-se ainda assim num nível inferior ao verificado no
período pré-pandemia. O comportamento do indicador resultou do contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa e
opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, de forma expressiva nos dois primeiros casos.
Em maio, os indicadores de confiança aumentaram em seis das oito secções dos Serviços, destacando-se as
secções de Alojamento, restauração e similares, de Atividades de transporte e armazenagem e de Atividades
de informação e de comunicação. “
Pode consultar informação mais detalhada no destaque do INE aqui.