Com a divulgação das Estatísticas Demográficas de 2019, o INE revela que a população residente aumenta nove anos depois. Foram nove as descidas consecutivas da população residente até ao aumento de 19 292 registado em 2019 que levou o total da população para os 10 295 909. Este valor coloca a população acima do nível de 2017 e de 2018 recuperando, portanto, apenas uma pequena fração da redução resitada desde o ano 2000.
Porque aumentou a população residente em 2019?
Praticamente todos os fatores que poderiam ter contribuido para o aumento da população residente estiveram alinhados no mesmo sentido. A única exceção terá sido o número de nascimentos que caiu ligeiramente. Ainda assim, o índice sintético de fecundidade aumentou um pouco, ou seja, aumentou ligeiramente o número médio de filhos por mulher em idade fértil. Tal como diminuiu ligeiramente a idade da mãe ao primeiro filho.
Quanto aos outros fatores que influem no totla de residentes, em 2019 houve uma redução significativa do número de óbitos o que, juntamente com uma desaceleração da quebra dos nascimentos, levou a uma saldo natural menos negativo do que nos anos anteirores. Por outro lado, registou-se um aumento muito expressivo das entradas de emigrantes permanentes, acompanhada de uma redução do número de imigrantes permanentes que abandonaram o país.
Feitas as contas, o saldo migratório foi superior ao saldo natural negativo em 19 292 indivíduos. Daí o crescimento da população residente.
O ano de 2020, flagelado pela pandemia, será certamente atípico a vários níveis, mas para sabermos quanto e em quê, teremos que esperar.
Vale a pena consultar o destaque integral do INE.
Alguns sublinhados:
“Em 2019, a população residente em Portugal foi estimada em 10 295 909 pessoas, o que representa um
aumento de 19 292 habitantes relativamente ao ano anterior, após nove anos de decréscimo populacional.
O número de nascimentos foi 86 579 (nados-vivos), tendo diminuido 0,5% em relação a 2018 (87 020). O
índice sintético de fecundidade registou um aumento para 1,42 filhos por mulher (1,41 em 2018).
A idade média das mulheres ao nascimento de um filho foi 31,4 anos, valor idêntico ao registado em 2018,
enquanto a idade média ao nascimento do primeiro filho passou para 29,9 anos (29,8 anos em 2018).
O número de óbitos foi 111 793, diminuindo 1,1% relativamente a 2018 (113 051). O número de óbitos
infantis foi 246, menos 41 que em 2018. A taxa de mortalidade infantil diminuiu para 2,8 óbitos por mil
nados-vivos (3,3‰ em 2018).
Em 2019 realizaram-se em Portugal 33 272 casamentos, menos 3,9% que no ano anterior (34 637). A idade
média ao primeiro casamento foi 33,9 anos para os homens e 32,4 anos para as mulheres (33,6 anos e 32,1
anos, respetivamente, em 2018).
O número de divórcios aumentou 0,4%, para 20 421. A idade média ao divórcio foi 47,6 anos para os homens e 45,2 anos para as mulheres.
Estima-se que, durante 2019, tenham entrado em Portugal 72 725 imigrantes permanentes, mais 68,5% que em 2018 (43 170), e tenham saído 28 219 emigrantes permanentes, menos 10,7% que em 2018 (31 600).
Assim, o saldo migratório foi positivo pelo terceiro ano consecutivo (4 886 em 2017, 11 570 em 2018 e
44 506 em 2019).
Em 2019, 30 478 estrangeiros adquiriram a nacionalidade portuguesa, um número superior em 5,6% ao de
2018 (28 856): 21 099 aquisições da nacionalidade respeitaram a residentes em Portugal e 9 379 a residentes no estrangeiro. “