Em junho de 2010 anunciávamos o lançamento da primeira série dos certificados do tesouro no artigo “Certificados do Tesouro: Novo produto de poupança para famílias a partir de Julho 2010“. Neste artigo destacamos os dez anos de certificados do tesouro, aquele que será neste momento o produto de poupança pública mais popular entre o segmento dos de mais baixo risco vocacionado para pessoas singulares.
Dez anos de Certificados do Tesouro
Durante décadas o título de produto mais popular pertenceu aos certificados de aforro, contudo as alterações introduzidas no desenho deste produto no início do século comprometeram seriamente a sua credibilidade e atratibilidade, um processo cuja reparação diriamos ainda estar em curso.
Os certificados do tesouro a 10 anos de 2010 e mais tarde, em 2013, a nova versão na sua série “poupança mais” vieram reestabelecer o interesse na dívida pública para particulares, popularidade que se tem mantido na série “poupança crescimento” ainda que não tendo sido imune ao cenário de baixas taxas de juro em que temos estado envolvidos há quase uma década.
A remuneração passou a estar parcialmente indexada ao desempenho da própria economia o que se por um lado acrescenta interesse para o aforrador, por outro, oferece um estabilizador automática dos custos de financiamento para o Estado numa situação de crise. Ou seja, num cenário em que ocorra um agravamento da situação económica, essa realidade irá transmitir-se rapidamente no custo desta dívida, reduzindo os juros que serão pagos. Algo que irá acontecer pela primeira vez no decurso de 2020 quando o impacto da pandemia de COVID-19 começar a ter reflexo nas estatísticas oficiais do PIB a divulgar pelo INE. O aforrador continuará a ter a sua taxa base garantida e que, para uma poupança de médio prazo continua a ser interessante e indutora de um aumento do poder de compra associado ao valor poupado mas verá os ganhos limitados sempre que a economia nacional não esteja a crescer de forma clara.
Sem prejuízo de consultar a nossa base de dados com os melhores depósitos a prazo (que continuaremos a atualizar ainda que com menor regularidade do que no passado em função da própria cristalização da oferta por longos períodos), volvidos dez anos, os certificados do tesouro são claramente uma oferta muito competitiva para a parte da poupança que se pretende exposta a baixo risco. Para investimento de curto prazo não são tão competitivos do que os certificados de aforro (seja pela taxa, seja pelo maior período de imobilização que exigem), mas para quem pretende manter a poupança durante dois ou mais anos são um sério candidato a ter em conta.
Pode encontrar neste artigo as características dos certificados do tesouro poupança crescimento.
Recomendamos ainda que conheça o Aforro.Net, o portal de subscrição e gestão de conta da Agência de Gestão da Tesouraria e Dívida Pública – IGCP que gere a poupança do Estado e junto da qual terá que ter conta para subscrever os produtos de poupança do Estado.
Compare, analise e… boas poupanças!
Fui um dos primeiros subscritores deste produto, e estou a receber agora, não só o retorno do capital investido, como os juros anuais respectivos. Por mim prolongava por mais 5 anos este tipo de investimento, mas compreendo que actualmente o Estado tem meios bem mais baratos de financiamento.
A subscrição dos certificados do tesouro poupança crescimento continua em curso.
Antes de mencionar os poupança mais (lançados em 2013), fazia sentido uma referência aos certificados do tesouro originais, os tais que foram disponibilizados há 10 anos.
Tem razão Jorge. Acrescentámos a referência. Obrigado.