Classe Média - Dados de 2016

Indicadores económicos do 3º trimestre de 2018 revelam arranque promissor

Os indicadores económicos já disponíveis referentes ao 3º trimestre de 2018 revelam um arranque promissor.

Nos últimos dias, o Instituto Nacional de Estatística divulgou vários conjuntos de informação referentes aos primeiros meses do 3º trimestre de 2018: os indicadores de confiança (julho e agosto), os dados referentes ao comércio internacional de bens (julho), a evolução do volume de negócios na indústria portuguesa (julho) e a produção na construção (julho).

Quanto ao indicadores de confiança, o sinal é de estabilidade em valores historicamente elevados. Para essa estabilidade dos patamares de confiança concorreu o balanço entre os ganhos de confiança na industria e serviços e a redução na construção e comércio. Ou seja, no geral, neste momento, não há nuvens negras no horizonte dos indicadores de confiança.

Clima Económico Julho 2018
Fonte: INE

Quanto aos dados relativos ao comércio externo de bens, o mês de julho trouxe um perfil de evolução mais saudável que em meses anteriores dado que as exportações de bens aceleraram e as importações desaceleraram. No final, as exportações de bens registaram um ritmo de crescimento (13%) superior ao das importações (11%) contribuindo para um menor desequilíbrio acumulado da balança comercial.

Para o crescimento das exportação contribuíram com especial ênfase os Material de transporte (+37,0%), os Fornecimentos industriais (+9,0%) e os Combustíveis e lubrificantes (+47,1%). Espanha (+19,2%) e Itália (+53,7%) foram os destinos que mais cresceram face a igual mês do ano passado.

O indicador referente ao volume de negócios da indústria foi particularmente animador dado que se verificou um crescimento homólogo de 9,7% em julho o que compara com 6,0% no mês anterior. Este crescimento foi mais intenso nas vendas para o mercado externo do que interno mas mesmo no interno o crescimento foi significativo, da ordem dos 7,8%. Em grande destaque estão os segmento referentes à energia e aos bens de investimento, que registaram os crescimentos mais significativos.

Finalmente, o único indicador que aponta para um abrandamento de entre os já conhecidos a 11 de setembro é o que revela que a produção na construção caiu, em termos homólogos, de 4,0% em junho para 3,8% em julho. Ainda assim, trata-se de um abrandamento marginal, mantendo o setor com um nível de crescimento face a 2017 significativo, e bem acima da média dos últimos 12 meses.

Uma visualização de conjunto destes primeiros indicadores, indicia que o 3º trimestre começou apontando para uma aceleração da atividade económica. Esta análise é necessariamente parcial e sujeita a revisão, contudo, é inquestionável que estamos perante um arranque promissor.

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