Os indicadores económicos já disponíveis referentes ao 3º trimestre de 2018 revelam um arranque promissor.
Nos últimos dias, o Instituto Nacional de Estatística divulgou vários conjuntos de informação referentes aos primeiros meses do 3º trimestre de 2018: os indicadores de confiança (julho e agosto), os dados referentes ao comércio internacional de bens (julho), a evolução do volume de negócios na indústria portuguesa (julho) e a produção na construção (julho).
Quanto ao indicadores de confiança, o sinal é de estabilidade em valores historicamente elevados. Para essa estabilidade dos patamares de confiança concorreu o balanço entre os ganhos de confiança na industria e serviços e a redução na construção e comércio. Ou seja, no geral, neste momento, não há nuvens negras no horizonte dos indicadores de confiança.
Quanto aos dados relativos ao comércio externo de bens, o mês de julho trouxe um perfil de evolução mais saudável que em meses anteriores dado que as exportações de bens aceleraram e as importações desaceleraram. No final, as exportações de bens registaram um ritmo de crescimento (13%) superior ao das importações (11%) contribuindo para um menor desequilíbrio acumulado da balança comercial.
Para o crescimento das exportação contribuíram com especial ênfase os Material de transporte (+37,0%), os Fornecimentos industriais (+9,0%) e os Combustíveis e lubrificantes (+47,1%). Espanha (+19,2%) e Itália (+53,7%) foram os destinos que mais cresceram face a igual mês do ano passado.
O indicador referente ao volume de negócios da indústria foi particularmente animador dado que se verificou um crescimento homólogo de 9,7% em julho o que compara com 6,0% no mês anterior. Este crescimento foi mais intenso nas vendas para o mercado externo do que interno mas mesmo no interno o crescimento foi significativo, da ordem dos 7,8%. Em grande destaque estão os segmento referentes à energia e aos bens de investimento, que registaram os crescimentos mais significativos.
Finalmente, o único indicador que aponta para um abrandamento de entre os já conhecidos a 11 de setembro é o que revela que a produção na construção caiu, em termos homólogos, de 4,0% em junho para 3,8% em julho. Ainda assim, trata-se de um abrandamento marginal, mantendo o setor com um nível de crescimento face a 2017 significativo, e bem acima da média dos últimos 12 meses.
Uma visualização de conjunto destes primeiros indicadores, indicia que o 3º trimestre começou apontando para uma aceleração da atividade económica. Esta análise é necessariamente parcial e sujeita a revisão, contudo, é inquestionável que estamos perante um arranque promissor.