Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Banco Central Europeu, as taxas de juro exigidas às empresas registaram mínimos históricos em dezembro de 2017 tendo-se fixado nos 2,80% para empréstimos com maturidades não superiores a um ano. Este valor representa uma descida de 0,21 pontos percentuais face ao verificado em novembro de 2016.
Note-se contudo, que o crédito prestado pelas instituições financeiras a operar em Portugal às empresas não financeiras, apesar de estar a ser prestado com o preço mais baixo de que há memória, continua a comparar mal com o que se passa com o nosso principal parceiro comercial, a Espanha, e com o que se verifica na maior economia da União Europeia, a Alemanha.
De facto, em dezembro de 2016 as empresas espanholas pagavam um juro de 2,00% enquanto as alemãs um juro de 1,46% para créditos comparáveis aos acima referido para as empresas portuguesas. Na prática, por esta via, as empresas portuguesas enfrentam uma desvantagem competitiva que, contudo, já foi maior no passado. Comparando com as médias da Zona Euro continua a constatar-se que os spreads aplicados às empresas portuguesas se mantêm muito acima da média.
Alargando a análise para os valores médios de todos os novos empréstimos às empresas não financeiras em Portugal, verifica-se que a taxa de juro desceu significativamente entre novembro (3,01%) e dezembro (2,76%), uma descida que foi particularmente intensa nos crédito mais pequenos (até € 250 mil) cuja taxa se fixou nos 3,59% (descendo de 3,70%) e nos créditos até €1 milhão onde a taxa desceu de 3,36% para 3,21%.
Nos empréstimos acima do milhão de euros registou-se uma queda marginal do preço do dinheiro entre novembro e dezembro: passou de 2,29% para 2,14%.
Mais informação no sítio do BCE.