A um mês do fecho de conta para 2017, a taxa variação média mensal dos últimos 12 meses do índice de preços no consumidor fixa-se nos 1,3%. O valor final do ano não deverá distar significativamente deste número (talvez chegue aos 1,4% mas dificilmente).
Estamos assim perante a taxa de inflação mais elevada desde o ano de 2012. Em 2016, recorde-se, o indicador fechou nos 0,6%.
Os dados de novembro, revelam uma taxa de variação homóloga de 1,5%, um valor quatro décimas acima do indicador de inflação subjacente (que exclui das contas os produtos alimentares não transformados e energéticos).
Para justificar a variação homóloga de novembro o INE refere o seguinte:
Por classes de despesa e face ao mês precedente, são de destacar os aumentos das taxas de variação homóloga das
classes dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (classe 1) e dos Transportes (classe 7), com 2,4% e 3,6%,
respetivamente (1,3% e 2,6% no mês anterior). Em sentido oposto, assinala-se a redução da taxa de variação
homóloga da classe dos Restaurantes e hotéis (classe 11) e das Comunicações (classe 8), com 3,7% e 1,5%,
respetivamente (6,0% e 2,5% no mês anterior).Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC salientam-se a dos Transportes (classe 7), a
dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (classe 1) e a dos Restaurantes e hotéis (classe 11). A classe com a
contribuição negativa mais relevante foi a do Vestuário e calçado (classe 3).
No dia 11 de janeiro de 2018 conhecer-se-á o valor final da taxa de inflação referente ao ano de 2017.