A secretaria geral do Ministério da Administração Interna fez publicar em Diário da República uma atualização dos cadernos eleitorais de Portugal, reportando à data de 31 de dezembro de 2016. Esses cadernos atualizam o número de eleitores ao nível das freguesias ( e estrangeiro) e discriminam quanto a cidadãos nacionais; quanto a cidadãos da União Europeia, não nacionais e quanti a outros cidadãos Estrangeiros Residentes em Portugal.
Cadernos Eleitorais 2017: Menos 25 Mil Eleitores Em Portugal
Nas últimas eleições legislativas realizadas à data em que escrevemos o presente artigo (as eleições legislativas de 2015) estavam inscritos com direito de voto 9.682.553 eleitores, destes, 9.439.701 votavam em território nacional e os restantes 242.852 votavam no estrangeiro. Já no final de 2016, segundo o mapa com o número de eleitores inscritos no recenseamento eleitoral divulgado em Diário da República totalizavam 9.728.028 dos quais 9.414.912 eleitores no território português e os restantes 316.144 eleitores no estrageiro, ou seja, temos menos 24.784 eleitores no território nacional e mais 70.262 eleitores no estrangeiro. Ou todo o número de leitores aumentou em 45.473. Sabendo que a população, está em queda, e conhecendo a estrutura etário da população, os cadernos eleitorais aparentam continuar a estar extremamente inflacionados face ao número real de eleitores.
É provável que dos cadernos continuem a constar eleitores que já deveria ter perdido o direito de voto como sejam os que sairam do país, emigrando por mais de 181 dias consecutivos e, como tal, deixando de ser residentes. Esse rastreio é contudo muito difícil de efetuar caso o próprio não tenha informado a administração da sua nova residência (por exemplo, atualizando o cartão do cidadão).
Clicando na imagem pode aceder à lista completa, por freguesias, o continente e regiões autónomas, com o número de eleitores registados. O documento é composto por 56 páginas.
Este artigo foi corrigido pois numa versão inicial comparou-se erradamente o novo total de eleitores com os eleitores inscritos no território nacional em 2015.
As últimas eleições nacionais não foram as presidenciais de 2016?
Tem razão. Vamos corrigir. Obrigado.