O Banco de Portugal divulgou os dados relativos aos meses de janeiro e fevereiro de 2017 referentes às balanças corrente e de capital, revelando que, não só estas registaram um excedente de € 211 milhões como esta valor implica uma melhoria de €569 milhões face a igual período de 2016.
O Banco de Portugal sublinha ainda que a evolução registada se deveu a todas as componentes da balança de pagamentos com exceção da balança de bens.
Balanças corrente e de capital com franca melhoria
Em especial destaque surge a balança de serviço onde “o excedente da rubrica “Viagens e turismo” aumentou 106 milhões de euros, fixando-se em 757 milhões de euros ” mas também na balança de rendimento primário que mede o fluxo de dividendo pagos ao estrangeiro, habitualmente superior aos recebidos do estrangeiro. Neste caso, o défice crónico foi consideravelmente inferior ao de igual período de 2016 já que “défice da balança de rendimento primário passou de 578 para 278 milhões de euros, diminuindo 299 milhões de euros, influenciado pela redução dos dividendos pagos ao exterior. “
Ainda muito relevante para a evolução global surge a balança de rendimento secundário cujo saldo aumentou €448 milhões. Este incremento é justificado pela “variação das transferências correntes recebidas, e pela diminuição da contribuição financeira paga à União Europeia.“
O Banco de Portugal completa a sua informação relativa à Balança de Pagamentos referindo que
“Nos dois primeiros meses de 2017, o saldo da balança financeira registou um aumento dos ativos líquidos de Portugal sobre o exterior no valor de 572 milhões de euros. (…) Nas operações deste mês é de destacar o aumento do investimento de não residentes em bancos residentes; em sentido contrário, registou-se uma amortização antecipada do empréstimo contraído no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira junto do FMI, o que contribuiu para o aumento de ativos líquidos sobre o exterior das administrações públicas.”
Em suma, também ao nível dos fluxos financeiros há fortes indícios de que no primeiro trimestre de 2017 a economia nacional deve ter continuado a acelerar de forma sustentada.
Pode encontrar mais detalhes e, em especial, a representação gráfica em séries cronológicas para melhor perceber o relevo desta informação na nota do Banco de Portugal.