A avaliação bancária na habitação retoma valores de julho de 2011 após 26 meses de subida consecutiva.
Em fevereiro de 2017, a taxa de variação homóloga do índice de avaliação bancária para imóveis com destino à habitação foi de 5,7%, o valor mais elevado em 26 meses de crescimento. Olhando para o índice propriamente dito, verifica-se que se fixou nos 1109 pontos, o valor mais elevado desde julho de 2011.
O gráfico anexo revela que ainda não se superaram os valores do início da série, contudo, é preciso sublinhar que a série em si começa em plena crise no mercado imobiliário pelo que não permite ter uma perspectiva histórica completa sobre o que significa o atual patamar.
Estamos próximo de se formar uma nova bolha? Estamos ainda num patamar seguro? O que mudou no mercado nacional pode até justificar um nível médio da avaliação mais elevado (o turismo, os vistos gold)?
São várias as questões que faz sentido serem colocadas e que recomendam que o tema seja acompanhado com atenção nos próximos meses.
Face a 2011, convém recordar que muito mudou em termos de regulação e supervisão que recai sobre o setor financeiro e sobre a banca em particular. Correntemente, o Banco de Portugal dispõe de um arsenal de instrumentos na sua caixa de ferramentas macroprudenciais que deverá utilizar de modo a garantir a estabilidade financeira antes que os problemas regressem.
A responsabilidade da banco central é assim maior, mas os instrumentos de atuação também são mais vastos. Por enquanto, diríamos que parece razoável admitir que ainda há margem para continuar a assistir à continuação da atual tendência ainda que com vigilância atenta em busca de desequilíbrios.
Mais dados no sítio do INE.