A partir de 1 de agosto haverá lugar à atualização extraordinária de pensões 2017, um processo regulado pelo Decreto Regulamentar n.º 6-A/2017. O sentido desta atualização é o de garantir que haverá aumento do rendimento dos pensionistas com pensões mais baixas, ou seja, dos pensionistas que aufiram um montante global de pensões de valor igual ou inferior a 1,5 vezes o indexante dos apoios sociais, ou seja, €631,98.
Atualização extraordinária de pensões 2017
No essencial, a atualização extraordinária de pensões 2017 contará com as seguintes atualizações:
a) Aos pensionistas que recebam, pelo menos, uma pensão cujo montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015, o valor da atualização extraordinária é igual a (euro) 6, por pensionista, deduzido do valor da atualização das pensões verificado em 1 de janeiro de 2017;
b) Aos pensionistas que não recebam qualquer pensão cujo montante fixado tenha sido atualizado no período entre 2011 e 2015, o valor da atualização extraordinária é igual a (euro) 10, por pensionista, deduzido do valor da atualização das pensões verificado em 1 de janeiro de 2017.
Mudança de paradigna
Sublinha-se a alteração de filosofia na determinação de quem deverá ser abrangido por este processo de atualização extraordinária que é diferente do que vinha sendo praticado nas atualizações normais de pensões. Ou seja, é considerado um conjunto alargado de pensões que os pensionistas podem receber cumulativamente e é analisado se houve aumentos recentes nestas antes de os sinalizarem como beneficiários da atualização extraordinária.
O legislador, sublinha que a atualização extraordinária “é efetuada ao pensionista considerando o cômputo das suas pensões e não a cada pensão individualmente considerada, tendo sido utilizado como critério para consideração do montante global das pensões todas as pensões abrangidas pela Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º 254-B/2015, de 31 de dezembro, e pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, e pela Lei n.º 52/2007, de 31 de agosto, alterada pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, e 82-B/2014, de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 25/2017, de 3 de março.”
Note-se que, nem todas as prestações são consideradas no cômputo referido no parágrafo anterior. No decreto-regulamentar discriminam-se as situações de prestações que, mesmo tendo sido aumentadas ou atribuídas, não eliminam o pensionista da atualização extraordinária, a saber:
a) As pensões por incapacidade permanente para o trabalho e por morte decorrentes de doença profissional;
b) Outras pensões de natureza indemnizatória;
c) As pensões de natureza não contributiva do âmbito da Caixa Geral de Aposentações, I. P. (CGA, I. P.);
d) As pensões dos beneficiários da Caixa de Previdência dos Empregados do Banco de Angola, extinta pelo Decreto-Lei n.º 288/95, de 30 de outubro, com direito aos benefícios constantes de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho do setor bancário, exceto no que respeita a eventual parcela de pensão correspondente a carreira contributiva do regime geral de segurança social e ao complemento de pensão por cônjuge a cargo;
e) As pensões dos beneficiários abrangidos pelos regulamentos especiais de segurança social dos trabalhadores ferroviários e do pessoal do Serviço de Transportes Coletivos do Porto;
f) Os complementos por dependência e por cônjuge a cargo;
g) Outras pensões não atribuídas pela segurança social, nem pela CGA, I. P., e não atualizáveis pela Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro, alterada pela Lei n.º 3-B/2010, de 28 de abril, e pelo Decreto-Lei n.º 254-B/2015, de 31 de dezembro, e pela Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro, nem pela Lei n.º 52/2007, de 31 de agosto, alterada pelas Leis n.os 11/2008, de 20 de fevereiro, e 82-B/2014, de 31 de dezembro, e pelo Decreto-Lei n.º 25/2017, de 3 de março.
Uma fortuna que nem dá para os aumentos da luz, água, gás e telecomunicações.