Com os dados de novembro de 2016 divulgados pelo INE a revelarem uma desaceleração da taxa de inflação para os 0,6% em termos homólogos (tinha sido de 0,9% em outubro) é praticamente garantido que a variação média anual dos preços ao longo de 2016 não deverá sair dos 0,6% tal como antecipámos em outubro.
Seria necessária uma grande oscilação do índice de preços no consumidor (como não se verifica há muito tempo) para que a taxa de inflação – a média dos últimos 12 meses – viesse a descer ou a subir uma décima face ao valor atual no ano fechado em novembro de 2016, ou seja, face aos 0,6%.
Com isto torna-se evidente que o governo sobre-estimou a taxa de inflação face à sua previsão no orçamento do estado para 2017 o que produz alguns efeitos marginais positivos em prestações sociais, entre outros. Recorde-se que este valor de 0,6% é metade daquele que o Banco de Portugal havia previsto há sensivelmente um ano.
Para 2017 os valores projetados até ao momento sugerem que a inflação ronde os 1,4% (previsão do Banco de Portugal que deverá rever as suas projeções em breve). Em 2017 espera-se uma subida dos preços impulsionada (pelo menos) por uma subida homóloga dos preços dos combustíveis.
Mais detalhes sobre a inflação de novembro de 2016 no sítio do INE.