As Projeções de Outuno 2015 da Comissão Europeia para economia em Portugal apontam para uma ligeira revisão em alta para 2015 e em baixa para 2016 face ao que havia sido projetado na primavera. O PIB em 2015 deverá crescer 1,7% em vez de 1,6% e em 2016 deverá aumentar 1,7% em vez de 1,8%. As Projeções de Outuno 2015 antecipam também uma inflação superior ao previsto na primavera com a previsão da taxa de inflação em 2015 a passar de 0,2% para 0,5%. A previsão da taxa de inflação para 2016 é, por outro lado, inferior à feita há seis meses. A Comissão Europeia antecipa que os preço subam 1,1% em vez de 1,3%. A taxa de desemprego é o único indicador que apresenta uma melhoria em todas as projeções revistas, quer para 2015, quer para 2016.
Pelo contrário, sobre a balança corrente portuguesa, as previsões são agora piores tanto para 2015 como para 2016.
A dívida pública deverá degradar-se em 2015 face ao anteriormente antecipado e registar um valor mais positivo, com uma queda mais acentuada em 2016 do que o anteriormente projetado.
Finalmente, quanto ao défice público, a Comissão Europeia reviu em baixa a sua expectativa para 2015, esperando que fique em cima do limite dos 3,0% (antes 3,1%) sendo agora menos otimista quanto ao valor de 2016 que deverá fixar-se uma décima acima do previsto em maio de 2015.
A Comissão Europeia divulgou também as primeiros projeções públicas para 2017, entre elas a previsão para a taxa de inflação em 2017 antecipando que esta aumente para os 1,3%. De um modo geral, a CE espera que em 2017 todos os principais indicadores macroeconómicos progridam favoravelmente.
Para o nosso principais parceiro económico (Espanha) a CE projeta um abrandamento da atividade económica ainda assim o crescimento da economia espanhola deverá manter-se claramente acima do projetado para Portugal.
A Comissão Europeia, como habitualmente dedica algumas páginas a Portugal que pode ser lidas aqui (em inglês). As projeções mais detalhadas estão reproduzidas no seguinte quadro.
Em termos globais a Comissão Europeia sublinha o terceiro ano de crescimento económico consecutivo na União Europeia e antecipa um crescimento económico a ritmo moderado para o próximo ano apesar de reconhecer vários desafios colocados pela economia global.