Compatível com o facto de que a riqueza gerada se tem canalizado mais para a remuneração do capital investido do que para os salários de quem trabalha, ou com o facto de que tem ocorrido uma maior transferência da riqueza gerada internamente para investidores não residentes, a OCDE revela que o PIB per capita ainda está abaixo dos valores pré-crise, mas já recuperou mais do que o rendimento das famílias. Numa aplicação que hoje divulgou com dados que permitem a comparação entre os diversos estados membros da OCDE para várias variáveis chave, a OCDE revela também que esta situação registada em Portugal é atípica. Na média dos países da OCDE o rendimento das famílias per capita, não só já superou os níveis pré-crise como aumento significativamente mais do que o PIB per capita.
Apesar de ser uma evolução atípica face à média, Portugal não é o único país onde se verificou esta relação, Grécia, Irlanda e, marginalmente, a Espanha, também registam uma maior recuperação do PIB per capita do que do rendimento das famílias per capita.
Os dados podem ser consultado em base de dados (aqui) ou representados graficamente com possibilidades de comparar as séries cronológicas de vários países no sítio Comparing Your Country da OCDE (aqui).
Na imagem representada em baixo surgem as séries para a média da OCDE (azul), Portugal (vermelho) e Irlanda (verde).
SÓ PROPAGANDA GOVERNAMENTAL !
“Compatível com o facto de que a riqueza gerada se tem canalizado mais para a remuneração do capital investido do que para os salários de quem trabalha, ou com o facto de que tem ocorrido uma maior transferência da riqueza gerada internamente para investidores não residentes”
Já não é possível, a Passos Coelho e Paulo Portas, esconderem a orientação ideológica das suas políticas.
O máximo para o capital e o mínimo para o trabalho!
Quem o diz é a insuspeita OCDE
E não há nenhum jornalista que lhes pergunte, com estes dados, onde está a equidade nos sacrifícios de que tanto falam?
Pode isso significar que a riqueza gerada nos países intervencionados foi maioritariamente canalizada para pagamento de dívida (a investidores não residentes?)?