A não venda do Novo Banco força Estado a contrair mais dívida. Segundo noticia o Jornal de Negócios, a iniciativas e encargos para o estado provocadas pela suspensão da venda são de vária natureza e dispersam-se de várias formas.
Na realidade, o fracasso na venda do Novo Banco tem como consequências imediatas:
- Emissão de mais dívida pública nos próximos dias no montante de €1,3 mil milhões;
- Cancelamento do pagamento antecipado ao FMI que estava previsto até ao final do ano em cerca de €2,2 mil milhões;
- Redução da almofada financeira do Estado em depósitos para compensar o remanescente dos €3,9 mil milhões colocados pelo estado ao serviço do Fundo de Resolução, entidade pública que esta a gerir a resolução do BES.
Além do juro adicional pago pela contração de nova dívida contribuindo assim para novo aumento da dívida pública, a poupança esperada com a redução do serviço da dívida associada a fração que se contava pagar antecipadamente ao FMI (que paga juros bem mais elevados do que os atualmente praticados no mercado) não ocorrerá colocando sobre pressão adicional as contas do tesouro. Por outro lado, se o Estado quiser manter o nível de depósitos de reserva disponíveis terá ainda, no futuro, de reforçar a emissão de dívidas dado que os fundos em caixa serão reduzidos em algumas centenas de milhões de euros.