Os dados relativos às Estatísticas do Comércio Internacional referentes ao trimestre terminado em agosto de 2015 demonstram que as exportações e as importações estão em desaceleração mas com a manutenção de maior dinamismo nas exportações face às importações. Em termos numéricos, a variação homóloga das exportações passou de 6,0% para 5,8% enquanto nas importações passou de 3,8% para 2,4%.
Esta evolução provocou uma redução do défice da balança comercial em 331,1 milhões de euros situando-se, no período, em -€2 425,7 milhões.
A taxa de cobertura das importações pelas exportações, consequentemente, melhorou para 83,9% (+2,7 pontos percentuais).
Olhando especificamente para o mês de agosto de 2015 e para as respetivas taxas de variação homóloga, as exportações terão aumentado 3,3%. Segundo o INE esta evolução sucedeu “devido ao Comércio Intra-UE (sobretudo em resultado do acréscimo verificado nas Máquinas e aparelhos, Outros produtos e Veículos e outro material de transporte), dado que o Comércio Extra-UE apresentou uma diminuição.
Por outro lado, as importações cresceram 1,7% (+4,8% e -0,9% em julho de 2015, respetivamente), ” em resultado da evolução do Comércio Intra-UE (generalizada à quase totalidade dos grupos de produtos, mas em especial nos Veículos e outro material de transporte, Plásticos e borrachas e produtos Químicos), uma vez que as importações Extra-UE diminuíram”.
Um outro dado relevante que o INE vem divulgando informa que se registou uma melhoria se excluirmos os Combustíveis e lubrificantes, uma vez que, em agosto de 2015, as exportações aumentaram 6,1% e as importações 5,4% (respetivamente +5,5% e +5,7% em julho de 2015).
Um últimos destaque feito pelo INE, que citamos de seguida, refere-se a um balanço do primeiro semestre de 2015 ao qual o INE dedica uma análise especial no final da sua publicação:
No 1º semestre de 2015 os Veículos e outro material de transporte foram os principais responsáveis pelo acréscimo registado nas importações globais. As importações deste tipo de bens aumentaram 21,4% face ao mesmo período de 2014, mantendo assim a tendência registada em 2013 e 2014, após acentuadas reduções em 2011 e 2012.