A variação média anual do índice de preços do consumidor após a incorporação dos dados do mês de setembro fixou-se nos -0,3% caindo um pouco mais face ao apurado no mês anterior (-0,2%). Para esta variação contribuiu a variação homóloga de setembro que foi negativa em 0,4%.
Recorde-se que como aqui indicámos recentemente, a previsão do Banco de Portugal para o final de 2014 aponta para uma variação média anual dos preços nula o que, para se vir a confirmar, exigirá que os últimos três meses no ano registem algum crescimento homólogo dos preços. Contudo, para já, a tendência de queda mantêm-se e se subsistir levará o ano a encerrar com uma queda de preços face ao final de 2013, repetindo um fenómeno raro que já sucedeu em 2009.
Mesmo ao nível da inflação subjacente (que exclui combustíveis e produtos alimentares não transformados) aquilo que paracia ser uma inversão de tendência (com uma subida homóloga de 0,4 em agosto) surge agora amenizada tendo aumentado apenas 0,1% em setembro.
Eis algusn detalhes sublinhados pelo INE:
“(…) Nas classes com contribuições positivas para a variação homóloga do IPC salienta-se a da Habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis (classe 4), com uma variação homóloga de 2,3% (0,1 p.p. superior à do mês anterior), influenciada em grande medida pelo sub-subgrupo das Rendas efetivas pagas por inquilinos de residências principais. É ainda de referir o contributo positivo das classes dos Restaurantes e hotéis (classe 11), com uma variação homóloga de 1,9% (0,6 p.p. superior à registada em agosto de 2014) e das Bebidas alcoólicas e tabaco (classe 2), com uma variação homóloga de 3,7% em setembro (3,4% no mês anterior).
Entre as classes com contribuições negativas para a variação homóloga do IPC destaca-se a dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas (classe 1), com uma variação homóloga de -2,2% em setembro (-3,2% no mês anterior), seguida da classe do Lazer, recreação e cultura (classe 9), com uma variação homóloga de -2,4% (variação de -1,0% no mês anterior). (…)”