População portuguesa continuou a diminuir em 2013

Segundo os dados mais recentes do INE, a população portuguesa continuou a diminuir em 2013. Morrem mais pessoas do que nascem e emigram mais do que imigram; o resultado final em 2013 foi uma redução da população de cerca de 60 mil residentes. Segundo o INE, a estimativa da população a 31 de dezembro de 2013 era de 10 427 301.

Sublinhe-se que apesar de, em termos de nascimentos e óbitos, haver informação administrativa de elevada qualidade, quanto à estimativa relativa ao saldo migratório (saldo entre as saídas e as entradas de residemtes através de fenómenos migratórios) o INE tem mais dificuldades em chegar a um número rigoroso. É até frequente haver revisões significativas destes valores a cada 10 anos quando da realização dos recenseamentos gerais da população. Ainda assim há vários indicadores diretos e indiretos que permite arriscar um valor.

Saldo natural e saldo migratório 2013O INE informa que tanto os óbitos quanto os nascimentos diminuíram em 2013, ainda assim o saldo natural (a diferença entre estas duas variáveis) foi mais negativo do que em 2012: -23 756 pessoas em 2013 e -17 757 pessoas em 2012.

Quanto ao saldo migratório, o INE sublinha que este também apresentou valores negativos (pelo terceiro ano consecutivo), ainda que quer o número de emigrantes, quer o número de imigrantes tenha aumentado: -36 232 em 2013 e -37 352 pessoas em 2012.

Quanto ao saldo migratório deixamos aqui um excerto da análise do INE:

“(…) O saldo migratório manteve-se em 2013, e pelo terceiro ano consecutivo, em valores negativos, resultado da conjugação de 53 786 emigrantes permanentes (que aumentou face aos 51 958 estimados para 2012) e de 17 554 imigrantes permanentes (que também aumentou face aos 14 606 estimados para 2012).
Faz-se notar que o número estimado de emigrantes temporários continua a ser superior ao de emigrantes permanentes, situando-se em 74 322, um aumento de 7% face ao valor estimado para 2012 (69 460). Por  definição os emigrantes temporários fazem parte da população residente pelo que não integram o saldo migratório anual. (…)”

Uma última nota para o número médio de filhos por mulher, que voltou a bater um recorde histórico: 1,21 filhos por mulher, valor que será dos mais baixos do mundo.

 

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