A taxa de variação média dos últimos doze meses relativa ao índice de preços no consumidor manteve-se em -0,2% pelo segundo mês consecutivo. Em termos de variação homóloga face ao mesmo mês do ano passado, a queda de preços foi de 0,4% pressionando assim a variação média anual para continuar a cair, ou seja, aparentemente a queda de preços ainda não bateu no fundo.
Sublinhe-se contudo que o ritmo de queda abrandou e que a inflação subjacente (que exclui produtos energéticos e alimentares não transformados) registou mesmo um incremento de 0,4% (havia caído 0,4% em julho). Este incremento ficou a dever-se, segundo o INE, a “uma menor redução dos preços da classe de vestuário e calçado comparativamente com a observada no mês anterior. “
Continua assim a ser muito provável que a inflação termine o ano num valor historicamente baixo, a rondar os zero ou mesmo inferior. A ameaça de deflação (inflação negativa persistente) permanece.