Desemprego: estar no Euro é cada vez mais penalizador para a maioria dos países? (Eurostat)

Euro é cada vez mais penalizador? Eis os dados mais recentes do Eurostat relativos ao desemprego na Zona Euro e na União Europeia no final de 2013 (12% e 10,7%, respetivamente). No gráfico que se segue verifica-se um aumentar muito expressivo do diferencial da taxa de desemprego entre os 17 países integrados na moeda única (a Estónia ainda não entra nesta estatística) e os 17+ os 11 que constituem a União Europeia, em claro desfavor dos primeiros ao longo de vários trimestres.  Naturalmente que se os 11 que estão de fora fossem representados isoladamente para se “oporem” de forma mais adequada os dois blocos, o diferencial seria muito maior. Note-se ainda que em número absoluto de desempregados este aumentou na Zona Euro (+130 000) e diminuiu a União Europeia a 28 (-173 000) o que significa que diminuiu 303 000 nos países fora do Euro, isto entre dezembro de 2012 e dezembro de 2013.

Sublinhe-se que a Alemanha e a Áustria, ambas no Euro, tem a 2ª e a 1ª taxa de desemprego mais baixas de toda a União Europeia (5,1% e 4,9% respetivamente) estando a Espanha (25,8%) e a Grécia (27,8%), igualmente membros da União Monetária, no extremo oposto, revelando-se que as diferenças dentro da Zona Euro quanto a este indicador são abissais. Quase todos os países que estão fora do Euro têm taxas de desemprego inferiores à media da União.

Apesar das limitações e possíveis enganos que a taxa de desemprego pode incorporar (a taxa de emprego devia ser considerada um indicador a acompanhar sempre a taxa de desemprego, entre outros) o diferencial é tão significativo que estamos em crer que a mensagem é muito clara: algo de muito errado se passa e está a afetar a maioria dos países da Zona Euro. Não será o Euro e o formato da União Monetária em si?

Euro é cada vez mais penalizador
Desemprego 2013 Zona Euro e União Europeia

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *