Em novembro passado o INE já havia divulgado uma breve nota onde apresentava os resultados preliminares do Inquérito à Fecundidade 2013 eaos quais demos destaque no no sso artigo “Filhos? No máximo dois apesar de muitos quererem três (inquérito à fecundidade)“. Agora o INE e a Fundação Manuel Soares dos Santos divulgam a coleção completa de dados definitivos do inquérito à fecundidade realizado no início de 2013 (ver ficheiros em excel ou csv) mas também a publicação de análise que discorrer sobre o tema da fecundidade ao longo de 117 páginas profusamente ilustradas com gráficos e tabelas explicativas (em pdf). Recorde-se que o inquérito foi feito tendo por alvo as mulheres residentes com 18 a 49 anos e os homens com 18 a 54 anos tendo abrangido 7 624 entrevistas conseguidas.
A publicação aborda a fecundidade numa perspetiva histórica (as últimas décadas), apresenta os dados mais recentes e atreve-se a algumas reflexões críticas. Destacamos em particular dois gráficos que respondem a quais sãos as principais razões que podem incentivar a natalidade segundo as mulheres e os homens?
Destacamos ainda as últimas palavras do relatório que procuram projetar o cenário futuro que não deve ser, para já, imaginado como uma projeção direta da evolução mais recente:
“(…) Em suma, os valores encontrados para 2013 sobre a fecundidade final esperada em Portugal abrem, como possibilidade, uma maior fecundidade no futuro por comparação com os valores observados no momento presente. Aliás, cerca de 1/5 dos portugueses em período fértil tencionam ter filhos já nos próximos três anos.
Assim, se se conseguir garantir que, de modo sustentado, as intenções de fecundidade expressas em 2013 se concretizem, grande parte dos nascimentos adiados poderão ser recuperados, embora em idades mais tardias, e a fecundidade portuguesa poderá vir a atingir níveis de fecundidade superiores aos atuais. Contudo, as expectativas mais otimistas poderão vir a ser contrariadas, caso a idade de maternidade continue a aumentar sucessivamente, se perpetue um forte desequilibrio de papeis familiares entre sexos e o filho único se torne, como tudo parece apontar, a opção definitiva da grande maioria dos casais.”
Embora ache que este inquérito á fecundidade ossa ter algo de útil, não seria melhor que os nossos Jornalistas e Jornais, se dedicassem a publicar as várias razões, que levam ao defice de nascença de crianças, só talvez correcem algum risco dos Governantes deste pasi não ficarem muito contentes, assim até aproveitam dar duas de conversa sobre o assunto, que logo esquecem e ficamos na mesma. Manuel Freitas