Classe Média - Dados de 2016

Dependência energética de Portugal em mínimo histórico

O investimento progressivo em energias renováveis feito no país desde meados da década de 2000 estará a contribuir para que o grau de dependência energética face ao exterior esteja a diminuir. Segundo as estatísticas agora divulgadas pela Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) no seu balanço energético sintético relativo ao ano de 2013, desde pelo menos 1995 que Portugal não registava um nível de dependência energética tão reduzido. Segundo os dados divulgados, em 2013, o índice de dependência energética foi de 71,5% o que representa uma forte descida de 7,9 pontos percentuais face a 2012. Segundo a DGEG esta redução anual deveu-se “à redução do consumo de carvão e gás natural na produção de energia elétrica, uma vez que a produção doméstica subiu 21%. Os maiores contributos vieram da produção hídrica com um aumento de 127% e eólica com 17%. A produção e exportação de pellets tem vindo a aumentar o seu peso no balanço energético, representando, em 2013, 6% das exportações (em teor energético)“.

Entre 2005 e 2013, o índice de dependência energética (que mede o peso do défice da balança energética sobre os consumos em terra, mar e ar ao longo de um ano) caiu de 88,8% para 71,5%. Ou seja, de uma dependência quase total passámos em menos de 10 anos para uma capacidade de produção interna que, dependente do clima, pode fornecer pelo menos 30% das necessidades energéticas nacionais. Recorde-se que além da evolução meteorológica que condiciona a capacidade de produção de energia hídrica e eólica, a queda do consumo de energia durante a atual crise também estará a contribuir para que a crescente capacidade instalada de energias renováveis tenha vindo a ganhar peso relativo.

Dependência Energética 2005 - 2013
Dependência Energética 2005 – 2013 – Fonte: DGEG

 

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