O Anuário Estatístico – 2013 prolonga por mais um ano uma série centenária (esta é 105ª edição) dequela que é a publicação mais completa, extensa e abrangente produzida pelo INE e que permite compreender rapidamente as tendências e características sociais, demográficas e económicas do país em cada ano. Juntamente com a publicação propriamente dita, o INE há vários anos que vem disponibilizando a informação estatística nele divulgada, de forma gratuita, em suporte de base de dados. Esta caracterísitca de difundir gratuitamente a generalidade da informação estatística recolhida junto dos portugueses é aliás um aspeto promotor do desenvolvimento económico, social e político que merece maior elogio e valorização do que habitualmente tem. Além de potenciar o conhecimento, de permitir melhores políticas públicas, também alimenta uma indústria de serviços correlacionados, de consultoria, georeferenciação, marketing, análise de dados, pesquisas de opinião, estudos de mercado, etc, que permitem, no seu conjunto, afinar investimentos e minimizar erros de apreciação nas iniciativas privadas.
Nesta edição do Anuário Estatístico – 2013 destacamos dois gráficos que o INE selecionou para o seu comunicado de difusão da publicação. Um relativo à dinâmica de evolução demográfica e outro relativo aos níveis de escolaridade completos na população ativa. Quanto ao primeiro apresenta de forma eloquente a dimensão da “recessão” demográfica em que estamos mergulhados, um fenómeno que se se mantivesse durante muitos anos com estes indicadores poderia ter consequências dramática para a organização social e económica do país. O outro revela que a geração mais instruída da nossa história não pode ser uma excessão mas antes uma necessidade, a esta têm de suceder-se muitas outras para que a população ativa se aproxime dos níveis de formação médios dos países mais desenvolvidos com os quais competimos e colaboramos internacionalmente. Sem minimizar essa desvantagem torna-se extremamente difícil melhorar a produtividade, inovar, reagir mais rapidamente a crises, aproveitar oportunidades, captar investimento e gerar a riqueza necessária para garantir que Portugal é um país atraente e com potencial para ser dos sítios mais invejáveis para viver.