Estão em cima da mesa (que se saiba) dois cortes nas pensões para 2014. Um ameaça fazer cair o governo e envolve os pensionistas da Segurança Social. Foi tal a carga dramática e política colocada sobre este corte por parte de um dos partidos da maioria que suporta o governo que no final da semana passada o governo tornou público estar a procurar convencer a troika a admitir mais cinco décimas no défice de 2014 de modo a se poder evitar ter de implementar mais este corte.
O segundo corte anunciado mas ainda não concretizado ou detalhado, incidirá sobre os reformados da Caixa Geral de Aposentações (tipicamente funcionários públicos) e este não tem gerado qualquer repudio público por parte dos partidos que suportam o governo. Sobre este corte, o primeiro-ministro garantiu que não incidirá sobre reformas inferiores a €600 e que será retrorativo, ou seja, incidirá sobre quem já se reformou. De concreto, pouco mais se sabe, além de que deverá ser aplicado em 2014 e de que o corte deverá rondar os 10% do valor do último salário (segundo declarações de Helder Rosalino, Secretário de Estado) superando largamente a contribuição extraordinária de solidariedade que deverá desaparecer em 2014 e que se tem fixado nos 3,5% do valor das pensões.