As exportações portuguesas têm sido um “fiel” indicador positivo aos longo dos últimos anos, sinalizando, por vezes, o único indicador macroeconómico que tem permitido algum alento, contudo, com os últimos dados divulgados pelo INE relativos ao trimestre terminado em novembro de 2012, as exportações entraram em terreno negativo.
Na realidade, após um crescimento homólogo de 3,4% no trimestre terminando em outubro, com a entrada dos dados de novembro as exportações caíram 0,1%. As importações aprofundaram a queda passando de uma variação homóloga de -0,6% para -3,6% no trimestre terminado em novembro.
O efeito combinado destas evoluções aponta para uma melhoria do défice da balança comercial, ainda que à custa de uma redução global das trocas com o estrangeiro. A taxa de cobertura fixou-se nos 80,5%.
Sublinhe-se que a disparidade de comportamento do comércio externo quando se consideram ou os parceiros comunitários ou o resto do mundo continua a ser muito evidente.
Na realidade, as exportações para a União Europeia caíram 3,6% (sendo ainda pior se considerarmos apenas a zona euro onde caíram 4,6%) enquanto que para o resto do mundo aumentaram 9,5%.