No trimestre terminado em setembro, as exportações de bens que vinham desacelerando há alguns meses retomaram um crescimento mais vigoroso aumentando 5,8% em termos homólogos (tinham crescido 2,3% no trimestre terminando em agosto). As importações também reforçaram a sua taxa de crescimento homóloga passando de 3,1% até agosto para 3,6%. Esta aceleração maior das exportações face às importações permitiu que não se repetisse a degradação da taxa de cobertura registada em agosto, tendo esta melhorado para os 81,3%.
Destaque-se, em particular, o crescimento muito expressivo das exportações especificamente no último mês do trimestre. Em setembro estas aumentaram 9,8% (a segunda mais elevada do ano), justificado por um movimento alargado a vários sectores e abrangendo o comércio intra-comunitário (+6,8%) e, em especial, para o resto do mundo (17,6%). As importações auemtnaram 3,7% em setembro, aumento dinamizado pelas compras a outros parceiros da União Europeia dado que face ao resto do mundo, registou-se uma quebra das importações (-1,9%). O INE destaca, contudo, que o forte crescimento homólogo das exportações em setembro acontece exatamente um ano após uma importante greve nos portos nacionais.
No acumulado dos três primeiros trimestres do ano, face ao mesmo período do ano anterior, o INE destaca que: “as exportações aumentaram 4,0% e as importações registaram uma variação nula, determinando uma taxa de cobertura de 84,1%.“
Com o conhecimento destes dados positivos do comércio internacional relativos ao último mês do 3º trimestre e havendo igualmente um bom desempenha na balança de serviços, aumentam as probabilidade de o PIB ter de facto voltado a crescer, pelo menos, face ao trimestre anterior. O INE divulgará a 1ª estimativa rápida relativa ao PIB na próxima 5ª feira, 14 de novembro.
Dados do INE.