O INE atualizou hoje a estimativa do PIB relativo ao 3º trimestre e detalhou hoje a informação de suporte destacando que a desaceleração da queda do PIB em termos homólogos se deveu essencialmente à evolução do consumo das famílias (Despesas de Consumo Final das Famílias Residentes) dado que esta componente do PIB que vinha caindo 2,9% (2º trimestre) caiu no 3º trimestre a cerca de metade do ritmo: -1,6%.
O contributo positivo da procura externa (exportações – importanções) foi no 3º trimestre menos relevante do que vinha sendo fruto da desaceleração das exportações de bens e serviços.
Face a estes dados e assumindo que o objetivo declarado de política económica tem sido o da necessidade de enraizar a evolução do PIB num maior dinamismo das exportações e, como tal, numa maior capacidade de colocar a produção nacional no estrangeiro, em detrimento do dinamismo da procura interna, estes dados do INE, apesar de se traduzirem numa queda do PIB mais ténue, não comprovam a sustentabilidade da evolução do PIB e despertam sinais de alarme. Eis os dois gráficos do INE que retratam o PIB e o consumo dos particulares.
O PIB abrandou e queda no mesmo trimestre em que a procura interna abrandou a sua própria queda e em que as exportações perdem fulgor.
Mais detalhes no sítio do INE.