Uma das propostas da Agência Europeia do Ambiente (AEA) que poderá ser acatada (ou não) pelo Estado português passa por harmonizar a fiscalidade que incide sobre a gasolina e sobre o gasóleo o que, a suceder, se traduzirá num aumento do preço do gasóleo (harmonização via aproximação ao mais tributado) podendo anular a diferença de preços existente.
Sendo Portugal um país onde se sucederam, num curto espaço de tempo, dezenas de alterações fiscais, o risco de esta vir a ser implementada não é despiciendo. Na prática, poderá anular uma das principais vantagens e fatores de escolha de um veículo a gasóleo perante um veículo a gasolina. Recorde-se que os primeiros são tradicionalmente mais caros sendo necessário considerar uma utilização significativa para que, por via de um menor consumo por quilómetro combinado com um preço mais baixo, acabe por se tornar mais vantajoso adquirir um veículo a gasóleo.
Admitindo que a idade média dos veículos em circulação tem aumentado, a probabilidade de se alcançar a referida amortização também deverá estar a aumentar. Na realidade, há vários anos que o parque automóvel nacional é dominado por veículos a gasóleo. Uma alteração fiscal desta natureza não só se poderá traduzir numa alteração significativa das opções de compra futuras como se traduziria numa forte penalização para quem é detentor de um veículo a gasóleo.
Para já, quem tem pendente uma decisão de compra de um veículo novo ou usado, terá de acrescentar este fator de incerteza à equação que o levará a tomar a decisão. Complicou-se…