Pelo segundo mês (na realidade trimestre terminado em meses sucessivos) as exportações cresceram menos e a um ritmo inferior ao das importações, pelo que a taxa de cobertura das importações pelas exportações está agora a degradar-se (foi de 82,9% quando tinha sido de 83,5% no mesmo período de 2012).
No trimestre terminado em agosto de 2013, as exportações cresceram 2,3% (o ritmo mais baixo desde maio) enquanto as importações aumentaram 3,1% (tinham crescido 3,3% no trimestre terminado em julho).
A persistência e agravamento deste cenário em que as importações crescem mais depressa do que as exportações é uma novidade face ao que se tem passado nos últimos anos e parece confirmar que, em cenário de algum alívio da recessão económica, as importações poderão rapidamente retomar o seu caráter primordial ao nível do comércio externo, sinalizando que o reequilíbrio do saldo da balança comercial de bens pode não ter sido estrutural, mas antes conjuntural e patrocinado pela forte retração do consumo privado (e não tanto pela recomposição produtiva da economia nacional).
Mais dados no INE.