Em 18 meses (desde o final de dezembro de 2011 até ao 2º semestre de 2013) a administração pública registou uma redução (já descontadas as entradas) de 36 855 efetivos o que representou uma queda de cerca de 6% do emprego público. O acordo no memorando inicial de entendimento com a troika previa uma queda de 2% do emprego público por ano pelo que os 6% de contração em apenas ano e meio correspondeu a uma queda que duplica a acordado para igual período ou, por outras palavras, em 18 meses já se conseguiu a contração previstas para o período integral do memorando que termina a meados de 2014.
Cerca de metade do emprego público perdido nestes 18 meses traduziu-se em postos de trabalho no ensino básico e secundário.
Sublinhe-se que em cada 4 empregos perdidos, 3 encontravam-se na administração central e apenas 1 na administração local.
O número de empregados pelo Estado é agora de 574 946. Por outro lado , em 30 de junho de 2013, o emprego público representava cerca 10,7% da população ativa (11,0% em junho de 2012) e 12,8% da população empregada (12,9% em junho de 2012).
Um último destaque para o único incremento líquido ocorrido durante o semestre em termos de empregos criados na estrutura do governo: a presidência do conselho de ministros aumentou o seu efetivo em 377 empregos dos quais 154 foram cargos de nomeação política, políticos, mandatos ou comissões de serviços e 129 contratos a termo.
Os interessados em saber mais detalhes podem consultar a Síntese Estatística do Emprego Público relativa ao 2º semestre de 2013 publicada recentemente pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público. A DGAEP disponibiliza os dados em tabelas com formato excel.
Se já reduziram 36.585 postos de trabalho e tudo continua a funcionar, quer dizer que não faziam falta.
Essa dedução é muito simplista!
Posso fazer uma analogia simples, se não trocar os pneus do seu carro, durante algum tempo irá dizer que afinal não é preciso trocar os pneus …
O tempo dirá se a redução de postos de trabalho fez ou não sentido …
Pois, só espero que seja real…
O pior é que às vezes essas saídas são substituídas por contratação a fornecedores externos das mesmas pessoas que saíram, com uma “comissão” para os novos empregadores. Falo porque já me propuseram um negócio desses.
Já agora, o nosso n.º de crianças e adolescentes continua a baixar todos os anos, portanto é normal que o de professores acompanhe…