A ler o editorial de hoje de André Macedo “A União Bancária é só rir” no Dinheiro Vivo. Dois excertos:
“(…) De acordo com o projecto que está sobre a mesa, para fechar um banco insolvente vai ser preciso consultar 126 pessoas, envolver nove painéis e recolher os votos de outras 143 pessoas até se chegar a uma decisão final. Tudo isto durante um fim-de-semana, de modo a evitar o contágio, isto é, aproveitando o sábado e o domingo para chegar à reabertura dos mercados sem dúvidas e medos.
(…) A moeda única só faz sentido se houver alguma aproximação entre o custo do dinheiro para uma empresa de Portugal e da Alemanha. É normal que existam diferenças e que estas diferenças hoje nos sejam desvantajosas, mas não é possível o actual abismo: uma empresa portuguesa ou não consegue crédito ou então paga três vezes mais do que uma companhia alemã.
Isto não é uma união, é uma condenação. Um euro assim não presta, não serve os nossos interesses. É bom lembrar que uma PME nacional já pagava juros de 7% antes do euro. Não precisa do euro para pagar o mesmo e ainda sofrer o peso da moeda forte que lhe prejudica as exportações para fora dos mercado da moeda única. (…)”
Embora muita gente poderosa defenda o Euro, facto que demonstra que muitos lucraram com tal moeda (apesar dos milhões que foram prejudicados) eu sigo o Prof. Ferreira do Amaral: o melhor euro para Portugal é o ESCUDO.
Eu defendo o Euro e os princípios para que ele foi criado, o que não se verifica atualmente. Actualmente a União Europeia transformou-se numa União Alemã em que todos estamos a trabalhar para os Alemães.
A Alemanha não para de crescer enquanto que os outros países da Europa estão em recessão ou com fortes medidas de austeridade impedindo assim o crescimento. A Europa está a passar graves problemas, como desemprego jovem, perda de qualidade de vida das pessoas mais velhas… E o que importa é salvar os bancos quando foram estes um dos responsáveis pela situação dos países em dificuldades, em vez de olhar para as pessoas, para a população, o que interessa são as grandes instituições financeiras….
No caso Português, acho que o grande problema é a corrupção e tivemos uma grande oportunidade para meter fim ao problema, mas não aproveitamos, nunca houve nenhuma altura em que se tenha falado tanto em corrupção, todos nós sabemos que vamos ter que pagar corrupções como, bpn, swaps, ilha da madeira, buraco na saúde, parcerias p.-privadas… e estavmos numa excelente altura para meter fim a isto, não estavmos dependentes dos mercados, por isso podiamos perfeitamente mudar as regras do jogo, e punir essa canalha toda que apenas sabe roubar. Em vez disso preferimos fazer manifs a criticar algumas das consequências do problema em vez de condenar o problema – corrupção.