Segundo os dados mais recentes da Síntese de Execução Orçamental (relativa ao mês de julho de 2012) as receitas fiscais continuam muito abaixo do orçamentado, consequência da recessão notória visível na forte retração no consumo privado que influi de forma determinante na evolução de impostos como o IVA, Impostos Automóvel ou mesmo sobre o Tabaco e Combustíveis.
A receita fiscal caiu 3,5% nos primeiros sete meses do ano face a igual período do ano anterior.
A Direção Geral do Orçamento sinaliza também uma quebra adicional das receitas de IRS provocada pelos cortes salariais na Função Pública.
Do lado da despesa, começam agora a incorporar-se na execução orçamental os efeitos de redução induzidos pelo corte dos salários na função pública, ainda assim não se espera que sejam suficientes para compensar a quebra não orçamentada do lado das receitas. Recorde-se que as despesas com pessoal apresentam uma redução de 16%.
O governo reconhece já que, mantendo o atual orçamento e previsões económicas, o défice de 4,5% projetado não será cumprido em 2012.