Lemos com alguma curiosidade a peça “Emprego: 7 mentiras sobre os quarentões” que podemos encontrar no Dinheiro Vivo e resolvemos recomendá-la aos nossos leitores. Eis um dos sete pontos aí enunciados como conselho e recomendação a quem, com mais de 40 anos procura reentrar no mercado de trabalho:
” (…)
7 – Os trabalhadores mais velhos não conseguem lidar com as mudanças
Alguns estereótipos são baseados em factos. Existem pessoas entre os 40 e os 65 anos que não conseguem lidar bem a mudanças.
Para algumas empresas isto pode ser um problema, mas na verdade os mais velhos adaptam-se melhor a mudanças no local de trabalho, devido à sua maior experiência.Um dos exemplos pode ser encontrado na recessão económica, que é a primeira que muitos jovens estão a viver. Alguém nos seus 40 ou 50 anos já passou por inúmeras crises e assistiu recentemente a mais uma aterragem do FMI em Portugal, a terceira. A vantagem aqui é que o trabalhador mais velho já passou por inúmeras dificuldades e sabe como gerir e encaixar mudanças.
Procure bem na sua experiência e dê exemplos de quando é que foi sujeito a mudanças ou alterações e superou-as sem dificuldades.
Dica: Quando vai a uma entrevista e constata que todos os entrevistados à espera são bem mais novos do que você, pense na sua experiência e adopte uma postura de confiança. Esta vai marcar toda a diferença e vai ajudá-lo a conseguir o trabalho. (…)”
ADENDA ABRIL de 2017: Note-se que com a recuperação do emprego que ocorreu pelo menos em 2016 e 2017 esta pedrão de maior dificuldade de reintegração da população acima dos 40 anos não parece ter sido tão evidente.
A maior formação de base que esta geração já terá poderá ter-lhe conferido uma maior capacidade de adpatação o que aliado a uma mudança de emprego para uma posição com pior remuneração poderão ajudar a perceber a recuperação do emprego acima dos 40 ou 45 anos.
Imagine então como é para os aposentados que ainda precisam trabalhar. Mesmo porque, depois desse fator previdenciario, é 40% do salario do INSS que vai embora.