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Parece que os navios que saíram carregados de automóveis diretamente para a China ajudaram, ainda assim ,a compor um crescimento simpático das exportações. As importações continuam a afundar. Tudo junto, levou-nos para um pouco mais perto do equilíbrio entre o valor daquilo que se vende e aquilo que se compra em termos de bens. A taxa de cobertura das importações pelas exportações atingiu no trimestre terminado em abril os 81,8%.
Entretanto, fica a nota de que as exportações portuguesas cresceram continuamente acima dos 10% (e a espaços dos 20%),em termos homólogos, ao longo dos últimos 26 meses (dados para os trimestres terminados em cada mês quando comprados com os trimestres homólogos).
As expectativas para os próximos meses apontam para uma continuação da desaceleração das exportações e para uma queda ainda maior das importações. É pelo menos o que parecem indiciar os dados do mês de abril que ficam bem aquém da média do trimestre em ambos os indicadores.
Note-se que a diferença de comportamento do comércio com o exterior quando se compara parceiros da União Europeia com os do Resto do Mundo continua a aprofundar-se. As exportações para a UE aumentaram apenas 3,5% (importações caíram 9,8%), enquanto que as exportações para fora da UE aumentaram 23,8% (importações caíram 1,6%). Recorde-se que nestas importações vindas do resto do mundo integram-se as aquisições de lubrificantes e petrolíferos.
Significativo é o facto de, apesar da nossa dependência energética face ao resto do mundo, a balança comercial com países de fora da UE é neste momento mais equilibrada (taxa de cobertura de 82,6%) do que a balança comercial com a UE. Cenário ainda mais notório se a comparação se fizer com a zona euro com a qual a taxa de cobertura é de 76,6%.
Mais detalhes no sítio do INE.