Inflação a 4,0% em termos homólogos – o imposto silencioso ao ataque

 [wp_ad_camp_1]Conforme se esperava e aqui vaticinámos, a taxa de inflação calculada pelo INE – variação média anual dos preços, fechou o primeiro trimestre ultrapassando os 2% e fixando-se nos 2,3% em Março. Face ao mês homólogo a subida da taxa de inflação foi de 4,0% (é preciso recuar muitos anos para encontrar uma variação mensal tão intensa). Para este incremento estão a contribuir de forma muito expressiva as alterações ficais, nomeadamente o IVA, cuja taxa máxima está agora 3 pontos percentuais acima da registada até Junho de 2010, mês a partir do qual esta subiu para 21%. Mas também o aumento do preço dos combustíveis, verificando-se progressivamente o habitual efeito de contágio aos bens que utilizam os combustíveis mais intensamente como consumo intermédio para a sua produção.
Sem grande surpresa e muito à conta do efeito administrativo de aumento da fiscalidade a inflação me Portugal vai descolando da que se regista no União Europeia e na Zona Euro.
Se admitirmos que é provável que até ao fim do ano ocorra pelo menos uma reclassificação dos bens sujeito à taxa máxima do IVA que irá implicar, na pratica um forte aumento dos preços dos bens que venham a mudar para uma taxa mais alta, a probabilidade da inflação terminar 2011 acima dos 4% é bastante razoável. A evolução dos preços dos combustíveis nos mercados internacionais e algum efeito de esmagamento de margens comerciais em alguns bens que possa ocorrer por via da pressão colocada pela retracção do consumo, são algumas das restantes que podem condicionar a evolução final dos preços em Portugal.
Uma coisa é certa, a probabilidade de perdas reais do rendimento e da riqueza é muito elevada este ano. Note-se, por exemplo, que o melhor depósito a prazo não promocional comercializado por um banco nacional de que temos registo na nossa base de dados de depósitos a prazo remunera, líquidos, 3,729% e exíge um montante mínimo de pelo menos 25.000€.

Um comentário

  1. Se admitirmos que é provável que até ao fim do ano ocorra pelo menos uma reclassificação dos bens sujeito à taxa máxima do IVA que irá implicar, na pratica um forte aumento dos preços dos serviços, nos lares de idosos deixo uma questão, estes ainda vão aumentar os seus preços? Se assim for como suportar os mesmos, pois quando acedemos ao site http://www.laridosos.net/, um directório de lares, registam-se muitos lares com preços já muito elevados…

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