Os EUA e Portugal partilham uma semelhança pouco invejável: registam dos maiores níveis de desigualdade de rendimentos do mundo ocidental. O tradicional ricos a ganhar cada vez mais e pobres a ganhar cada vez menos. Medidas relativas é certo mas que cuja comparação não é tão descabida quanto o rendimento per capita de cada país poderia deixar transparecer. No dia em que A Standard & Poors voltou a fazer das suas registando o primeiro downgrade da história do rating dos EUA, o Público trás um outro record pouco invejável:
“Um recorde de 46 milhões de norte-americanos, ou 15 por cento da população, recebeu ajuda governamental para adquirir comida ao longo deste ano, segundo dados apresentados pelo Departamento da Agricultura dos Estados Unidos. (…)
Para aceder à ajuda em bens alimentares, um programa que existe nos EUA desde 1969 e que nunca teve tantos inscritos, as famílias têm de comprovar não ter bens (rendimentos mas também poupanças) acima de determinado valor. Para uma família de quatro elementos, por exemplo, o tecto máximo é de 2389 dólares mensais (1671 euros).”