A sucessão de manifestações vulcânicas no Atlântico Norte poderá vir a ter consequências dramáticas para alguns setores da economia Europeia. Em poucas horas de cancelamento de voos em alguns países do norte e do centro da Europa vão já começando a surgir algumas pistas das principais vítimas. Além do evidente efeito sobre as transportadoras aéreas, surgem já cancelamentos de eventos culturais de âmbito internacional, conferências, seminários eventos desportivos que são colocados em causa, reservas de hotéis que se esfumam um pouco por todo o mundo. A cada dia de suspensão do espaço aéreo os prejuizos serão incalculáveis e terão muito provavelmente um crescimento desproporcionado face à duração da crise aérea.
Se por ventura o caprichoso sistema de vulcões do Atlântico tiver reservado mais alguns dias ou semanas de grande atividade eruptiva teremos seguramente consequências muito significativas ao nível das economias mundiais, com a europeia na primeira linha de impacto. No Reino Unido, a atual suspensão do tráfego aéreo só tem paralelo no II Guerra Mundial.
Lidar com “catástrofes” naturais nunca é desejável, o tempo desta (se atingir o grau que hoje se perspectiva como razoavelmente provável), dificilmente poderia ser pior. Particularmente para pequenas economias abertas ao exterior, que têm no turísmo um dos seus sectores económicos mais relevantes e em maior crescimento.
Este texto procura respeitar o novo acordo ortográfico.