O INE acaba de divulgar os resultados preliminares das estatísticas das empresas relativas ao exercício económico de 2009. Além de caracterizar com detalhe o impacto sectorial das crise económica em termos de evolução do número de empresas e pessoas ao serviços por sector, dá também indicações quanto à evolução por dimensão das empresas. Temos mais micro empresas num contexto de perda global de sociedades, muito à custa da perda de postos de trabalho/redução da capacidade instalada de pequenas e médias empresas. Um excerto do destaque do INE:
” (…) Em 2009 verificou-se um decréscimo de 0,5% no número total de sociedades não financeiras em Portugal.
Também o número de pessoas ao serviço e o volume de negócios gerado pelo total de sociedades sofreram reduções significativas face ao ano anterior (-3,9% e -8,2%, respectivamente). As sociedades com 50 ou mais e menos de 250 trabalhadores foram as que evidenciaram a maior deterioração nos principais indicadores de actividade, com quebras de 5,7% no número de unidades empresariais, 6,2% no total de pessoas empregadas e 10,7% no volume de negócios gerado. De salientar que apenas as sociedades com menos de 10 trabalhadores (com um peso acima dos 86% no total) registaram um ligeiro crescimento de 0,2%, traduzindo-se num aumento de 492 sociedades face ao ano de 2008. Refira-se, porém, que as classes de dimensão utilizadas são estabelecidas com base no número de pessoas ao serviço pelo que uma quebra generalizada nesta variável provoca uma movimentação das empresas para os escalões mais baixos. (…)”