É preciso recuar a Maio de 2009 para encontrar uma taxa de variação média anual de preços (vulgo taxa de inflação) mais alta do que o valor agora apurado pelo INE para Novembro de 2010. A inflação foi então de 1,3% tendo-se fixado em Novembro de 2010 nos 1,2% (mais três décima do que em Outubro). Recorde-se que este valor, a taxa de variação média anual de preços no consumidor, serve de referencial para a maioria das estimativas e projecções de cenários económicos feitas por governos e empresas.
A taxa de variação homóloga, que compara o custo do cabaz de bens e serviços analisadas entre Novembro de 2009 e Novembro de 2010 fixou-se nos 2,3%, mantendo-se assim idêntico ao já apurado na comparação entre Outubro de 2009 e Outubro de 2010. Note-se que se este indicador se voltar a repetir em Dezembro (ou se oscilar entre 2,2% e os 3,4%), a taxa de inflação no final de 2010 deverá ser de 1,4%. Caso a variação homóloga, em Dezembro, desacelere para menos de 2,2% a inflação anual deverá fixar-se nos 1,3%.
Se as taxas de variação homólogas se mantiverem próximo dos patamares dos últimos 2 meses ou até um pouco acima em virtude, desde logo, do impacto fiscal esperado por via do aumento do IVA e outras taxas, podemos continuar a esperar aumentos significativos da variação anual sendo muito provável que a taxa de inflação esteja já nos 2%, ou mesmo um pouco acima, no final do primeiro trimestre de 2011.
No INE encontra alguns detalhes sobre a evolução dos preços por componentes que lhe poderão dar uma ideia mais próxima de qual estará a ser a sua taxa de inflação pessoal, em função dos seus hábitos de consumo particulares.