Lançámos uma pergunta há cerca de 15 dias que visava apurar, entre os nossos leitores que se interessassem por responder, se poupar tinha passado a ser mais importante para eles ao longo de 2010. Esta recolha pouco mais será que uma mera curiosidade, mas, ainda assim, a expressão maioritária das respostas é esmagadora. Entre as cerca de 600 pessoas que responderam, mais de 80% afirmou que poupar passou efectivamente a ser mais importante em 2010.
A tendência não surpreende pois parece constatar-se, em termos estatísticas, uma maior propensão à poupança aferida pelo volume de depósitos a prazo, no entanto, a expressão destes números poderá revelar uma percepção das dificuldades presentes e futuras muito efectiva entre a maioria da população.
Outra história bem diferente será a de perceber quem conseguiu, em 2010, concretizar um reforço de poupança, algo que, depois das recentes medidas de apropriação mais significativa da riqueza esperada por parte do Estado se revelará uma tarefa ainda mais desafiante nos tempos mais próximos.
Resta-nos, aos que conseguirem manter o emprego ou gerar a sua ocupação, completar a quadratura do círculo: ganhar menos mas mesmo assim gerar mais riqueza para furar o circulo vicioso em que caímos, por causa “deles” e de “nós”.