Segundo dados da EFAMA – European Fund and Asset Management Association divulgados pela portuguesa APFIPP, Portugal tem 252 Fundos de Investimento Imobiliários (FII) – dados de Março de 2010 – para um total de 771 nos 27 países da União Europeia (UE). Ou seja, Portugal tem 32,4% do total de fundos de investimentos compostos por imóveis que existem na UE. Não há nenhum país com mais fundos de investimento imobiliário na Europa que Portugal.
Volvido o espanto inicial calculámos qual o valor do mercado global a que correspondem este 32,7% do total de fundos e, pelas nossas contas, representam 5,4% do total do mercado expresso em valores patromoniais sob gestão. Muito menos chocante é certo, mas ainda assim muito acima da quota de mercado que Portugal tem, por exemplo, nos Fundos de Investimento Mobiliários (FIM) abertos (acções e similares) que, segundo o mesmo relatório que analisámos, é de apenas 0,2% do mercado da União Europeia.
Sintetizando, os mercado português de FII parece estar hipertrofiado sendo que a dimensão média de cada fundo é muito inferior a dimensão média dos fundos no mercado europeu (daí 32,7%% do total de fundos só levar a 5,4% do valor monetário total por eles gerido).
Como se explica esta distorção? Provavelmente a justificação terá algo a ver com um forte incentivo fiscal, pois subsistem situações de menor tributação sobre imóveis que integrem fundos de investimento. Ora nós por cá não deixamos passar em claor as oportunidades para reduzir a carga fiscal, nem que para isso se tenha de criar um Fundo ou uma Fundação à medida das necessidades. Fará esta tese algum sentido?
Si non è vero…